VIOLÊNCIA

MP denuncia acusados de matar e ocultar corpo de adolescente em Palmeiras de Goiás

Vítima foi morta com três tiros após ser levada por um dos acusados para um galpão. Corpo foi enterrado em fazenda em Cezarina

Wanderson foi morto com três disparos por um dos acusados (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

O Ministério Público (MP-GO) ofereceu denúncia contra os acusados de matar e ocultar o corpo de Wanderson Chaves Leite, de 17 anos, em Palmeiras de Goiás, no último dia 24 de outubro. Segundo o órgão, quatro pessoas estão arroladas na denúncia por ter matado o menor por motivo fútil e com emprego que impossibilitou a defesa da vítima, que passou mais de 11 dias para ser encontrada.

Segundo o promotor de Justiça, Eduardo Silva Prego, Hélio de Oliveira Gomes Júnior está sendo denunciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Dimar de Sousa Cruz, Carlos Caetano da Silva e Regimar Rodrigues de Sousa são denunciados por ocultação de cadáver em concurso de pessoas.

Ainda segundo o promotor, o inquérito policial apontou que Wanderson foi morto a tiros desferidos por Hélio, por volta das 2h40 da manhã do último dia 24 de outubro. O crime aconteceu em um galpão localizado na GO-050, na zona rural de Palmeiras de Goiás.

O corpo da vítima foi embrulhado em uma lona e amarrado com uma corda. Hélio, Dimar, Carlos e Regimar teriam enterrado a vítima em um buraco escavado com uma retroescavadeira em uma fazenda localizada em Cezarina, de acordo com o que consta na denúncia.

Acusado teria discutido com adolescente em bar

Ainda segundo o MP, Hélio chegou a um bar embriagado, dirigindo uma caminhonete, por volta da meia-noite. O adolescente estava no local. O homem teria se irritado por não ser atendido da forma que queria, desceu do veículo, sacou a arma de fogo e foi até ao balcão do estabelecimento, onde a vítima estava.

Já no balcão, o acusado se aproximou da vítima e teria, inclusive, encostado a arma de fogo no rosto de Wanderson. O dono do bar pediu para que Hélio fosse embora, mas o homem não lhe obedeceu.

Em seguida, o acusado passou a conversar com a vítima em uma mesa do lado de fora do bar. Ele desferiu um disparo para o alto, situação que assustou Wanderson e um amigo que estava com ele. Ambos foram embora, mas foram perseguidos pelo homem e convencidos a entrar na caminhonete de Hélio.

Os três passearam pela cidade e Hélio deixou o amigo da vítima em casa. Wanderson continuou dentro do carro. Após 40 minutos, Hélio teria sentido falta do aparelho celular e acusou o menor de ter furtado eletrônico, de acordo com o MP.

Hélio, então, levou o adolescente para um galpão de maquinário que possui. Os dois foram até um caminhão onde Dimar dormia e, depois, para a cozinha. Houve uma nova discussão entre o Hélio e Wanderson, resultando em um disparo no ombro da vítima.

Logo em seguida, Hélio foi ao escritório, pegou uma espingarda e atirou e na cabeça e no corpo do adolescente.

O homem, então, ligou para Carlos Caetano e Regimar, que embrulharam o corpo da vítima, carregaram até a caminhonete e levaram para a fazenda, onde ocultaram o cadáver.