MP denuncia assassino confesso de Luana Alves por estupro, feminicídio e ocultação do cadáver em Goiânia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou o ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, de 31 anos, por estupro, feminicídio e ocultação de cadáver cometido contra estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos. O crime ocorreu no setor Madre Germana 2, em Goiânia, em 27 de novembro deste ano. O acusado está preso.

“Constata-se que o homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, uma vez que o crime envolve menosprezo à condição de mulher, já que Reidimar agiu de forma a extravasar seu desejo de domínio exercido na forma de subjugação sexual da vítima”, escreve a promotora de Justiça Bárbara Olavia Scarpelli.

Ela acrescenta: “Dotado de uma crueldade rara de se ver, implicando no estupro de menina de doze anos como pretexto para a morte; quer dizer, a vítima foi flagelada em duplicidade, por ser mulher jovem e por ter sido estuprada.”

Reidimar foi denunciado na última sexta-feira (16) pelo Ministério Público. O caso está em segredo de Justiça.

Relembre o crime

A estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos, desapareceu na manhã do dia 27 de novembro, quando foi à padaria, que fica a 330 metros de distância da casa onde ela morava, no Setor Madre Germana II.

Enquanto a vítima retornava para casa, Reidimar, que é conhecido da família, a abordou, alegando que tinha dívida para acertar com o pai dela, e solicitou que entrasse em seu veículo para indicar onde seria a casa da família.

Em vez disso, ele se dirigiu para a própria residência, onde, após luta corporal, aplicou um “mata-leão” na vítima para, em seguida, estuprá-la. Visando a ocultar o crime, relata a promotora, na denúncia, Reidimar decidiu matar a adolescente, asfixiando-a.

O assassino confesso queimou o corpo da vítima, com o objetivo de destruí-lo e ocultá-lo. Ele ainda enterrou os restos mortais no quintal de casa, cobrindo a vala com cimento.

Após uma série de buscas, o corpo de Luana foi encontrado no dia 29 de novembro, enterrado na casa de Reidimar.

Vale mencionar, a Polícia Civil reabriu o caso do desaparecimento da estudante Thaís Lara da Silva, de 13 anos, ocorrido em 2019, por apresentar características semelhantes com o caso da morte de Luana.