MP denuncia homem pela morte da namorada em Aparecida

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Francisco Joabes de Sousa Lima Júnior pelo feminicídio da namorada, Andreia Silva Batista em crime ocorrido no dia 25 de setembro. Vídeo registrou o momento em que a mulher foi morta com 13 facadas na entrada do prédio em que morava, no Setor Jardim Belo Horizonte, em Aparecida de Goiânia.

A denúncia é pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil, com emprego de meio cruel, utilizando recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino.

Ele ainda está foragido.

Homem que matou namorada tinha relação conturbada

O promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior relata na denúncia que Francisco Joabes e Andreia mantinham um relacionamento conturbado há cerca de dois anos, marcado por agressões físicas e verbais por parte do denunciado.

Segundo o promotor, na data do crime, após uma discussão, Francisco Joabes quebrou vários objetos do apartamento da namorada.

Ela foi, então, até a portaria e pediu que a Polícia Militar fosse acionada. Nesse momento, o denunciado, que estava uma moto, aguardava a abertura do portão para ir embora.

Imagens de câmera de segurança registram toda a dinâmica do crime. Ela aparece impedindo a saída do homem por diversas vezes se colocando à frente da moto.

Até que Francisco Joabes desceu da moto, sacou uma faca e a golpeou no ombro, pescoço e rosto. Ele, então, abriu o portão e fugiu. A mulher acabou morrendo no local.

Filho da vítima de feminicídio em Aparecida de Goiânia ficou sozinho

Na ocasião, o delegado Altair Gonçalves informou que o filho da vítima, de 2 anos, estava trancado dormindo sozinho dentro do apartamento, no momento do crime. Os policiais precisaram arrombar a porta para pegá-lo. A criança foi entregue para uma irmã da vítima.

Dentro do imóvel havia várias latas de cerveja.

Prisão decretada

Junto com a denúncia, o promotor manifestou-se pela decretação da prisão preventiva do acusado, por entender que a sua liberdade coloca em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal.

O Ministério Público considera ainda Francisco Joabes uma pessoa intolerante e perigosa.