MP denuncia homem que matou mulher a facadas em frente as câmeras de condomínio, em Aparecida
Promotor manifestou-se pela prisão preventiva do suspeito por considerá-lo perigoso para sociedade
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou o homem de 25 anos, que matou mulher a facadas em frente as câmeras de segurança de um condomínio, em Aparecida de Goiânia. O feminicídio foi filmado no dia 25 de setembro deste ano e segundo a denúncia, Andreia Silva Batista, 38 anos, foi assassinada com 13 facadas. Promotor pede prisão de suspeito em denúncia.
Segundo a denúncia do promotor de Justiça, Milton Marcolino dos Santos Júnior, os dois mantinham um relacionamento conturbado há cerca de dois anos, marcado por agressões físicas e verbais por parte do suspeito de feminicídio.
Milton relata que na data do crime, após uma discussão, o denunciado quebrou vários objetos do apartamento da companheira. Por essa razão, a vítima foi até a portaria e pediu que a Polícia Militar fosse acionada. Nesse momento, o suspeito, que pilotava uma moto, aguardava a abertura do portão para sair do local. No entanto, Andreia impediu que o suspeito fosse embora, dizendo para que esperasse a chegada dos policiais.
Ainda conforme a denúncia, por este motivo, o homem desceu da motocicleta, sacou uma faca e desferiu vários golpes no ombro, pescoço e rosto de Andreia, provocando a sua morte no local. Após cometer o crime, ele fugiu do local.
O promotor manifestou pela decretação da prisão preventiva do acusado, conforme representação da autoridade policial, por entender que a liberdade do suspeito coloca em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal. “Trata-se de pessoa intolerante e perigosa, merecendo destaque o seu modo ousado de agir, com frieza e crueldade”, afirmou Milton.
Suspeito deve responder por homicídio com emprego de crueldade
De acordo com a denúncia oferecida na última quinta-feira (4), o suspeito vai responder pelo crime de homicídio qualificado cometido por motivo fútil, com emprego de crueldade, utilizando recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino.
No dia em que o feminicídio foi cometido, o porteiro do prédio contou à polícia que o casal chegou discutindo na portaria. A vítima teria pedido ao funcionário do condomínio para que ele ligasse para a Polícia Militar momentos antes de ser morta pelo companheiro.
As imagens das câmeras de segurança mostram quando os dois estão discutindo e, em seguida, a mulher derruba o homem da moto que se levanta e a atinge com vários golpes de faca na região do pescoço. A mulher cai ao chão e ele foge na motocicleta.