MP denuncia Jorge Caiado pela morte de Fábio Escobar, em 2021
Promotores afirmaram que ele usou prestígio junto à Secretaria de Segurança Pública para ajudar a planejar o crime
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o assessor da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Jorge Caiado, pela morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, em Anápolis, em 2021. A denúncia é desta terça-feira (19) e foi divulgada pelo O Popular.
Promotores disseram que Jorge usou o “prestígio na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás e a proximidade com policiais militares” para ajudar o ex-presidente do DEM (hoje União Brasil, após fusão com o PSL) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, o Cacai, que foi denunciado como mandante do crime e está foragido desde novembro, a planejar o assassinato.
Cacai nega qualquer envolvimento. Ele foi denunciado com três policiais militares que teriam participado do crime e de outras mortes relacionadas – além de Escobar, outras sete pessoas foram mortas. Ainda segundo o MPGO, os PMs receberam promessas de ascensão na corporação.
Jorge chegou a admitir, no fim do ano passado, que foi à Rotam pedir orientações sobre ameaças de Escobar a Cacai, mas negou envolvimento. O Mais Goiás não conseguiu o contato da defesa dele. O espaço segue aberto, caso haja interesse.
Morte
Empresário, Fábio Alves Escobar Cavalcante tinha 38 anos e foi morto a tiros por dois homens na noite do dia 21 de junho de 2021 no Setor Jamil Miguel, em Anápolis. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), criminosos que estavam em um carro utilizavam máscaras do tipo “balaclava”.
O empresário chegou a ser levado para um hospital. Ele, todavia, não resistiu aos ferimentos. A motivação não foi divulgada.