MP denuncia motoristas de racha que causou a morte de duas pessoas na T-9, em Goiânia
Motoristas serão denunciados por homicídio duplamente qualificado e homicídio qualificado tentado
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu, na quarta-feira (13), denúncia contra os dois motoristas envolvidos no racha na avenida T-9, em Goiânia. A disputa resultou em um acidente que provocou a morte da adolescente Marcela Sonia Gomes do Amaral, de 15 anos, e do estudante Wictor Fonseca Rodrigues, de 20. O caso ocorreu no dia 7 de maio deste ano.
A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Sergio Luís Delfim. Os motoristas Eduardo Henrique de Souza Resende, de 22 anos, que conduzia uma Toyota Hilux, e Arthur Yuri Barbosa, de 18 anos, que estava em uma BMW, foram denunciados por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Os motoristas também foram denunciados por homicídio qualificado tentado contra os sobreviventes.
Relembre o caso do racha da T-9
Os jovens haviam saído de uma boate no Setor Marista, em Goiânia, após ingerirem bebidas alcoólicas. Os dois denunciados conduziam uma caminhonete Toyota Hilux e uma BMW em direção a um condomínio onde residem na capital.
A Hilux transportava seis pessoas, acima da quantidade comportada pelo veículo. Já a BMW levava três passageiros e era conduzida por Arthur Yuri, que não possui carteira de habilitação
Durante o trajeto, os condutores começaram a trafegar em alta velocidade e iniciaram uma disputa entre os automóveis. Com isso, o condutor da caminhonete perdeu o controle da direção e atingiu uma árvore e capotou em seguida. O veículo ainda colidiu contra a fachada de dois estabelecimentos comerciais.
As vítimas fatais, Marcella e Wictor, foram lançadas para fora da caminhonete. A jovem não resistiu e morreu no mesmo momento. Wictor chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde permaneceu internado até o dia 10 de maio, quando não resistiu e foi a óbito.
O motorista e demais passageiros da caminhonete ficaram presos às ferragens. Eles foram socorridos por bombeiros e encaminhados para unidades de atendimento médico.
Segundo as investigações, antes do acidente, os passageiros haviam implorado para que os condutores reduzissem a velocidade.
A Justiça considerou que, apesar de o acidente ter ocorrido apenas com a Hilux, ambos os motoristas assumiram o risco, “cujo desfecho fatal era perfeitamente previsível e evitável por parte de ambos”.