MP denuncia PM e namorada por morte de garota de programa em Aparecida
Denúncia realizada pelo promotor Milton Marcolino aponta que vítima foi morta por motivação fútil e com recurso que não possibilitou a sua defesa
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra o casal formado por Nayara Lopes Palmeira dos Santos, de 19 anos, e o policial militar (PM), Daniel de Oliveira Faria pela morte da garota de programa Kathleen Lorrane Carvalho de Morais, de 21 anos. O assassinato ocorreu no último dia 8 de novembro, no Sítio Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia.
De acordo com o documento assinado pelo promotor Milton Marcolino dos Santos Júnior, o crime foi agravado por qualificadoras como motivo fútil e a utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo a denúncia, o Daniel e Nayara tinham um relacionamento amoroso e a acusada era amiga de Kathleen. Ambas eram garotas de programas e dividiam as contas do local onde moravam. Inclusive, esse seria o motivo do assassinato.
No dia do crime, Nayara teria ido ao ponto de trabalho de Kathleen e cobrado da vítima a parte dela de uma conta de energia. Houve uma discussão e Nayara pediu a arma, uma pistola 9mm que pertence à Polícia Militar (PM), para Daniel. Esse momento foi flagrado por uma câmera de segurança. “Me dá aquela arma. Por favor, me dá essa arma”, disse a denunciada ao PM.
Logo depois, pessoas que estavam no local repreendem a atitude de Daniel. Tu é doido, inferno? Ela vai atirar. Que diabo que tu foi dar, mano.” Logo depois, Nayara aparece no vídeo suja de sangue e fala: “Falei que ia matar. Eu atirei na Kethleen. Ela não bota fé. Ela não bota fé, uai!” A vítima morreu na hora. Em seguida, os dois fugiram.
A Polícia Militar se manifestou por meio de nota. “A Polícia Militar de Goiás informa que tem por conduta o cumprimento de todas as determinações emanadas das autoridades competentes, e esclarece que está à disposição dos órgãos pertinentes para cumprir as requisições e decisões relativas ao caso concreto”, diz a íntegra do documento.
O Mais Goiás não conseguiu contato da defesa dos envolvidos. O espaço permanece aberto para pronunciamento.