MP divide organização criminosa de padre Robson em quatro núcleos; veja
A denúncia recebida, nesta quinta-feira, pela juíza Placidina Pires (que transformou o padre Robson de…
A denúncia recebida, nesta quinta-feira, pela juíza Placidina Pires (que transformou o padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas em réus) divide os envolvidos em quatro núcleos. Estes núcleos fazem parte da narrativa construída pelo Ministério Público do Estado, que conduziu a investigação até aqui e é o autor da denúncia.
O último destes quatro núcleos é formado pela família do padre Robson, que teria se beneficiado por uma parcela substancial dos recursos supostamente desviados da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A denúncia menciona pelo quatro transações em que isso teria ocorrido e diz que o dinheiro “foi supostamente utilizado para pagar despesas pessoais e para aquisição de bens imóveis em favor da família do padre”.
O Mais Goiás mostra agora quais são os núcleos descritos pelo MP:
1. O núcleo da família Cabriny
Em tese, este grupo era composto por Onivaldo Oliveira Cabriny; o vice-prefeito de Trindade, Gleysson Cabriny; e Bráulio Cabriny de Almeida Costa. O trio, de acordo com a denúncia do Ministério Público, auxiliava o padre Robson a ocultar patrimônio mediante a celebração de negócios jurídicos simulados. O grupo também teria ajudado a desviar patrimônio das Afipes. O trio é dono da empresa GC Construtora e Incorporadora.
2. O núcleo operacional
A investigação do Ministério Público diz que cinco pessoas – importantes para o padre Robson – participavam deste núcleo: Rouane Caroline Azevedo Martins, Anderson Reiner Fernandes, Gustavo Leonardo Naciff do Nascimento, José Pereira César e Paulo César Campos Corrêa. Rouane é indicada como braço direito do padre. Anderson teria usado sua formação jurídica para organizar fraudes em transações ilícitas com laranjas. Gustavo, o responsável por negociações com imóveis rurais. José Pereira era o contador das Afipes, que supostamente cuidava de apagar rastros criminosos. E Paulo César possivelmente gerenciou a Rede Demais, uma das empresas criadas para desviar recursos das Afipes.
3. O núcleo dos laranjas
Em tese, composto por Celestina Celis Bueno, Rodrigo Luis Mendoza, Ana Verônica Mendoza e Anderson Matheus Reiner Fernandes. Eles teriam cedido os seus nomes para aquisição de bens (casas, lotes, apartamentos, empresas) e para ocultar movimentações financeiras criminosas.
4. O núcleo dos beneficiários
Este é o grupo que, em tese, se beneficiou dos crimes praticados contra o patrimônio da Afipe. No centro dele, está o padre Robson. Ao seu redor, está a sua mãe, Elice de Oliveira Pereira; o pai, José Celso Pereira; as irmãs, Adrianne de Oliveira Pereira e Joselice de Oliveira Pereira; e o irmão, Jeferson de Oliveira Pereira.