Inquérito

MP-GO abre inquérito para apurar fraudes nos registros de frequência do HDT

Promotora responsável pelo caso afirmou que, caso as condutas sejam comprovadas, elas serão caracterizadas como improbidade administrativa

Paciente está internada no HDT (Foto: Divulgação)

As denúncias de fraude no registro de frequência de sete médicos no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) levou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) a instaurar um inquérito civil público. O objetivo da medida, de acordo com o órgão, é “apurar o eventual  não cumprimento da carga horária completa de trabalho por médicos”.

A promotora responsável pelo caso, Villis Marra, solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (SES), informações a respeito da instauração de uma sindicância, caso ela já tenha sido aberta. Ela também ressaltou, na abertura do inquérito, que receber remuneração sem realizar o trabalho fere os princípios da moralidade e da legalidade. A promotora lembrou que, caso as condutas sejam comprovadas, elas serão caracterizadas como improbidade administrativa.

Relembre o caso de fraude na frequência

O caso já era investigado tanto pelo MP-GO quanto pela própria direção do HDT. Eles apuravam supostas fraudes de sete médicos, entre infectologistas e dermatologistas, nos registros de folhas de pontos. As investigações ocorrem há três meses e identificaram divergências dos horários nas folhas de pontas com os registrados nas câmeras de seguranças.

A direção do hospital estima um prejuízo de mais de R$ 600 mil com as fraudes. Os médicos que estão sob investigação recebem, em média, R$ 15 mil por mês para trabalhar 20 horas por semana. Conforme expõe a reportagem, o salário é calculado com base nas horas que eles alegam ter trabalhados, já que todos eles são dispensados de bater o ponto eletrônico.