MP-GO arquiva investigação sobre suposta vacinação simulada em Goiânia
Órgão informou que não há elementos que provem má-fé
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou arquivamento de dois procedimentos que apuravam possíveis simulações de vacinação contra Covid-19 em Goiânia. De acordo com o órgão, não há elementos que comprovem que a “falsa vacinação” acontecido.
Os dois casos aconteceram nos dias 10 e 18 de fevereiro, nos postos de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) localizados na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). No primeiro, o MP-GO teve conhecimento através da imprensa, que divulgou um vídeo onde uma profissional de saúde chega a inserir a agulha, mas supostamente não injeta a vacina.
De acordo com a promotora responsável pelo caso, Marlene Nunes Freitas Bueno, a documentação apresentada pela SMS apontou que não houve extravio de doses no posto onde houve a denúncia. Além disso, a promotora reconheceu a possibilidade de falha técnica, principalmente por causa da pressão exercida pela sociedade e pelo poder público nas profissionais de saúde.
Marlene ressaltou também que as enfermeiras tem décadas de atuação profissional na área da saúde. Outro ponto levantado foi o fato de que as análises de movimentação financeira das investigadas não apresentaram anormalidades.
“As narrativas demonstram que não houve predeterminação da conduta da investigada voltada a deixar de administrar o imunizante”, afirmou a promotora, ressaltando que não há sinais de que as profissionais tiveram a intenção de de extraviar doses.
Em depoimento ao órgão, a mulher que aplicou a vacina disse que realizou a imunização de forma correta assim que percebeu que a dose não havia sido aplicada. Ela afirmou também que manteve a seringa na visão do acompanhante da idosa e que não percebeu o líquido não havia sido injetado.
A profissional relatou ainda que o caso aconteceu por um lapso mental, e que isso nunca tinha acontecido antes em campanhas de vacinação das quais participou.