MP-GO avalia pedir o retorno de João de Deus à prisão depois de casamento
O recente casamento do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, levou o…
O recente casamento do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, levou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) a acreditar que ele possui condições de cumprir a pena dele na prisão. Ele se casou com a advogada Lara Cristina Capatto em Anápolis, a 55 km Goiânia.
De acordo com o promotor de justiça Luciano Miranda, o fato de ele se casar não é ilícito, mas o órgão irá analisar o caso e ver a possibilidade de pedir o retorno dele para a prisão. “Temos que analisar o contexto processual e depois de fazer essa análise vamos verificar a possibilidade de ingressar com qualquer tipo de pedido”, disse o promotor ao jornal O Popular.
Luciano ressaltou que o MP-GO sempre acreditou que João de Deus tem condições físicas e psicológicas de cumprir a pena em regime fechado. “Ele tem total condição de cumprir a pena de mais de 100 anos que foi imposta a ele dentro do sistema prisional. O próprio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) já tinha concluído nesse mesmo sentido”.
João de Deus cumpre pena em casa
O médium começou a cumprir a pena pelos crimes sexuais aos quais foi condenado em 2018. Em 2020, ele passou para o regime domiciliar sob a alegação de que ele não tinha condições de permanecer preso, principalmente por causa da pandemia de Covid-19.
Ele voltou para a prisão em agosto de 2021 e, cerca de um mês depois, voltou a cumprir a pena em casa. Poucos dias antes de sair da prisão, ele firmou a união estável com Lara Cristina.
O casamento
João de Deus, de 80 anos, e a advogada, 50, firmaram união estável com separação de bens no dia 1º de setembro de 2021, quando o religioso estava detido no Complexo Prisional de Aparecida.
No último dia 8 de abril, o casal solicitou a conversão da união em casamento. A expectativa é que o processo seja concluído na quarta (4). O médium cumpre pena em casa.
Em nota enviada ao Mais Goiás, o advogado Anderson Van Gualberto disse que a vida particular do cliente deve ser preservada. “Não temos autorização para comentar”, diz trecho.
Ainda segundo o texto, “casar não é crime e nem atenta contra as regras da prisão domiciliar que foram impostas”.
Com informações de O Popular