MP-GO pede prisão preventiva para suspeita de matar homem que velou a mãe sozinho
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou a prisão preventiva de Bárbara Morais dos Santos,…
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou a prisão preventiva de Bárbara Morais dos Santos, suspeita de matar José Ricardo Fernandes, o homem que velou sua mãe sozinho, para ficar com o dinheiro de uma vaquinha virtual. No momento, ela está em prisão domiciliar decretada pela justiça e responde por homicídio triplamente qualificado e furto
O MP-GO argumenta que a situação dela não justifica a prisão domiciliar. Na época do crime, um laudo psiquiátrico atestou que Bárbara era inteiramente capaz de entender a gravidade do que havia feito. Por isso, o órgão afirmou que ela não apresenta doença mental, nem desenvolvimento mental retardado ou incompleto nem dependência química, requisitos para a prisão domiciliar.
O promotor responsável pelo caso, Milton Marcolino dos Santos Júnior, afirmou que todos os requisitos para que a prisão preventiva da suspeita seja decretada estão cumpridos. Para ele, a prova da materialidade do crime, a existência de indícios da autoria e o perigo que a permanência dela em liberdade representa para a eficácia do processo ou segurança social estão comprovadas.
Relembre o caso
Bárbara foi presa juntamente com Matheus Teixeira Carneiro pela Polícia Civil suspeitos de envolvimento no assassinato José Ricardo Fernandes. De acordo com as investigações, a mulher ajudou a vítima a fazer uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para que fizesse hemodiálise, foi quem contratou, via anúncio no Facebook, um desconhecido para assassiná-lo.
Morador de uma kitnet no Conjunto Estrela do Sul, José Ricardo foi encontrado desacordado e com o corpo em chamas na tarde do dia 10 de julho de 2020. Socorrido de helicóptero pelos Bombeiros, ele ficou internado por dois dias, mas, com 80% do corpo queimado, morreu dois dias depois.
A suspeita de que a mulher que o ajudava nos afazeres domésticos estaria envolvida no crime aumentou depois que os agentes do 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia constataram que a residência da vítima não havia sido arrombada. Quando presa no Setor Cidade Satélite São Luiz, em Aparecida de Goiânia, a suspeita confessou o crime, e disse que decidiu contratar alguém para matar José Ricardo porque ele não cumpriu a promessa de lhe repassar parte dos R$ 40 mil que arrecadou com a vaquinha virtual.
O matador de aluguel, descobriu a polícia, foi contatado pelo Facebook. Em um anúncio onde usava um nome falso, a mulher disse que estava sendo abusada sexualmente e oferecia R$ 2 mil para quem se dispusesse a matar seu suposto agressor.