Caso João de Deus

MP-GO recebeu 330 denúncias de 12 estados contra João de Deus

Desde a última segunda-feira (10), a força tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás –…

Desde a última segunda-feira (10), a força tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás – MP-GO para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium João de Deus recebeu 330 mensagens de supostas vítimas. As denúncias foram feitas por telefone e pelo e-mail denuncias@mpgo.mp.br, criado especificamente receber informações sobre o caso.

Segundo informações do MP-GO, foram recebidas denúncias de 12 estados diferentes: Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina. Após o recebimento das denúncias, a força-tarefa entrará em contato com todas elas para que sejam agendadas as oitivas.

Com o objetivo de receber as informações de outros estados, o MP-GO solicitou aos procuradores gerais de justiça de todos os estados e do Distrito Federal que sejam criadas unidades de atendimento para colheita de depoimentos de possíveis vítimas do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. A solicitação foi feita através de um ofício circular encaminhado nesta terça-feira (11).

Entenda o caso

O caso de João de Deus ganhou repercussão nacional depois que ao menos 13 mulheres acusaram o médium de tê-las abusado sexualmente durante tratamento espiritual.

As denúncias foram feitas no sábado (08), no programa Conversa com Bial e no jornal O Globo. No domingo (09), O MP-GO informou que já havia investigações abertas ao menos desde junho deste ano para apurar as suspeitas.

Na última quarta-feira (12), o MP-GO solicitou a prisão preventiva de João de Faria, conhecido como João de Deus. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do médium.

A assessoria de João de Deus afirma que as acusações são “falsas e fantasiosas”, questiona o motivo pelo qual as vítimas não procuraram as autoridades e afirma que “a sala em questão é pública, qualquer um tem acesso a ela e jamais fica trancada”. A assessoria ainda afirma que a situação “é lamentável, uma vez que o Médium João é uma pessoa de índole ilibada”.