Fraude

MP-GO solicita afastamento de prefeito de Quirinópolis por desvios de R$ 7,8 milhões

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou o afastamento do prefeito de Quirinópolis, Gilmar Alves…

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou o afastamento do prefeito de Quirinópolis, Gilmar Alves da Silva (MDB), em denúncia pública por seis crimes. Além dele, outras 15 pessoas, entre agentes públicos e privados, são denunciados por participar de esquema de fraudes em contratos. De acordo com o órgão, cerca de R$ 7,8 milhões foram desviados dos cofres públicos.

Os envolvidos são denunciados pelos crimes de dispensa indevida de licitação, fraude à licitação, concessão de vantagens contratuais indevidas, desvio de verbas públicas, falsidade documental e associação criminosa.

O documento solicita o afastamento do prefeito pelo prazo inicial de 120 dias. Além disso, pede a prisão do secretário municipal de Obras e Urbanismo, Alex Gomes da Silva, e do empresário Carlos Cezar Ferreira. As investigações apontam que ambos são peças-chave do esquema. O MP-GO pediu o afastamento do subsecretário de Compras, Marcelo José da Silva, de duas servidoras do setor de licitação, além de vários outros que teriam sido cooptados pelo prefeito.

O promotor responsável pela denúncia, Augusto César Borges Souza, disse no texto que o prefeito já é investigado por outros crimes. “Mesmo após a instauração de ação penal por crime de responsabilidade, o referido gestor municipal praticou novos delitos contra a administração pública municipal, ainda mais graves e lesivos que o primeiro”, afirmou o promotor.

De acordo com o texto, foram feitas fraudes e execução superfaturada de contratos de fornecimento de mão de obra para atuar em serviços de limpeza urbana e manutenção de vias públicas. Em um dos contratos, Carlos era sócio oculto da empresa Prestbras Prestadora de Serviços Brasil Ltda. O acordo ficou vigente entre os anos de 2017 e 2019. Foram desviados cerca de R$ 5,6 milhões. Outro contrato, em vigência desde o ano passado, desviou R$ 2,2 milhões e tinha como sócios ocultos Carlos e Alex.

O Mais Goiás tentou contato com o prefeito de Quirinópolis, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento da matéria. O espaço está aberto para manifestação.

Com informações de MP-GO.