MP-GO vai investigar agressão de PMs a advogado
Órgão instaurou um procedimento investigatório para apurar os fatos ocorridos e a atuação das forças policiais
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) irá investigar a agressão de policiais militares do GIRO ao advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior na Praça da Bíblia, que aconteceu nesta quarta-feira (21). O órgão informou que instaurou um procedimento investigatório para apurar os fatos ocorridos e a atuação das forças policiais.
Na tarde desta quinta (22), a vítima foi ao MP-GO, acompanhada de uma comissão da OAB-GO, para relatarem o que aconteceu. Na ocasião, o coordenador da área criminal do órgão, promotor Felipe Oltramari, disse que a promotoria responsável já está com as informações e que solicitou atuação conjunta com Núcleo de Controle da Atividade Policial do MP-GO (NCAP).
Relembre o caso
Um policial militar do GIRO aparece em um vídeo desferindo socos no advogado Orcélio Júnior enquanto outros dois policiais o seguram, durante uma abordagem em frente ao Camelódromo Praça da Bíblia, em Goiânia, na última quarta-feira (21). As imagens ganharam ampla repercussão, causando a manifestação de diversas entidades e do governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
A agressão teria ocorrido após o advogado ter se desentendido com os policiais, na tentativa de defender um flanelinha. Em outro vídeo, é possível ver um policial dando um tapa no rosto do advogado quando esse está caído no chão.
Diversas entidades se posicionaram em repúdio pelo ocorrido, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Em entrevista, Ronaldo Caiado também falou sobre a agressão e admitiu ter havido excesso por parte do policial. “Não tenho dúvida, está nítido [sobre o excesso na ação], tanto que o comandante da PM já tomou as atitudes”, declarou.
Em nota, a Polícia Militar informou que o policial envolvido no ocorrido foi afastado de suas funções e que um procedimento administrativo disciplinar foi aberto. A corporação disse ainda que a confusão teria começado depois que o advogado invadiu o perímetro de segurança (da abordagem) e sem se identificar. Ainda segundo a PM, o jurista também teria dado um soco no rosto de um policial.