MP investiga servidores “fantasmas” na Câmara Municipal de Buriti Alegre
Conforme apurou o órgão, dois servidores que foram contratados por vereadores assinavam a folha de frequência e não prestavam os serviços na instituição
O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) investiga a contratação de dois funcionários “fantasmas” da Câmara Municipal de Buriti Alegre, na Região Sul de Goiás. Segundo o órgão, os servidores recebiam salários, mas não trabalhavam na instituição. A estimativa é que o prejuízo ao município foi de R$ 42.504 mil
Os investigados são Cássio Evangelista Borges, contratado como assessor legislativo do vereador Roberto Ferreira (PP), e Marta Gomes, assessoria do vereador Felix Aparecido Alves (PRTB). Conforme apurou o MP, confrontando a folha de frequência, eles assinavam o documento e não compareciam ao local de trabalho.
O promotor de justiça Rodrigo César Bolleli, constatou que Cássio, além do cargo comissionado de assessor legislativo, também era professor da rede estadual de ensino, com carga horária de 30 hora semanais, enquanto Marta, sequer residia em Buriti Alegre, ela é dona de casa em Aparecida de Goiânia.
Para o promotor, os vereadores confirmaram a contratação de Cássio e Marta. Ambos receberam entre janeiro e novembro de 2017 salários de R$1.288 e R$1.240, respectivamente, sem prestar serviços para os quais supostamente foram contratados.
O MP-GO pediu a cassação dos direitos políticos dos vereadores Roberto Ferreira e Felix Aparecido Alves por improbidade administrativa. O promotor requereu o bloqueio de bens dos investigados no valor do prejuízo como forma de garantir os danos.
O Mais Goiás ligou para os vereador Roberto Ferreira que afirmou não ter sido intimado sobre o caso e prefere não comentar sobre o assunto. Disse que está à disposição da justiça para prestar esclarecimentos. Já o parlamentar Felix Aparecido, não atendeu às ligações. Os dois servidores investigados não foram localizados.