MP oferece 13ª denúncia de crimes sexuais contra João de Deus
Os crimes apontados na denúncia teriam ocorrido entre 1999 e 2018, envolvendo vítimas de Goiás, outros seis estados e Distrito Federal. Prisão do médium completa 2 anos nesta quarta-feira (16)
O Ministério Público de Goiás ofereceu, na tarde de terça-feira (15), a 13ª denúncia contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, por crimes sexuais. A mais nova denúncia envolve 18 mulheres e os crimes de estupro de vulnerável, bem como violação sexual mediante fraude. A prisão do médium completa dois anos nesta quarta-feira (16).
De acordo com os promotores de Justiça que assinaram a denúncia, Ariane Patrícia Gonçalves e Luciano Miranda, os crimes, praticados contra 11 vítimas estão prescritos. Neste caso, elas figuraram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do religioso.
Ainda conforme apontaram os promotores, os crimes aconteceram entre 1999 e 2018, sendo as vítimas dos estados de Goiás, Pará, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia. Entre as provas apresentadas junto à 13ª denúncia, estão relatos, testemunhos, fotografias e documentos.
Histórico
A Justiça já havia recebido outras 12 denúncias contra João de Deus por crimes sexuais. Ele foi condenado em duas. Em uma delas, o réu foi condenado a 19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada; violação sexual mediante fraude; e dois estupros de vulneráveis.
Na outra, foi condenado a 40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis. Ele também já foi condenado a 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.
João de Deus foi preso em dezembro de 2018. Desde então, teve diversas passagens por hospitais para tratar um aneurisma no abdômen; dores no peito e fadiga. Em março de 2019, ele chegou a ficar internado por 76 dias. Um ano depois, em março de 2020, o réu recebeu autorização judicial e deixou o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para cumprir prisão domiciliar em Anápolis, por ser do grupo de risco da Covid-19.