MP oferece nona denúncia contra João de Deus por crimes sexuais
No total, o médium conta com 11 denúncias formalizadas, sendo duas por porte ilegal de arma de fogo e nove por crimes sexuais. Além disso, também tramita uma ação civil pública para ressarcimento de danos morais às vítimas
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu, nesta terça-feira (23), a nona denúncia referente a crimes sexuais atribuídos ao médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. A nova denúncia é por estupro de vulnerável e abrange seis vítimas, sendo cinco de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul. Todos os abusos relatados teriam acontecido dentro da sala de atendimento individual, segundo o documento.
De acordo com os promotores da força-tarefa, todas as vítimas dessa denúncia apresentavam algum tipo de vulnerabilidade. O réu teria feito o “uso de seu poder e prestígio de líder espiritual, nacional e internacionalmente reconhecido, para vencer a vontade das vítimas e perpetrar as agressões.”
O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do médium. O advogado Alex Neder informou, por mensagem, que ainda não tinha conhecimento da nova denúncia. Ele ainda disse que estava em uma audiência sobre a posse de armas, no Fórum de Abadiânia. E que a presença de João de Deus teria sido dispensada.
O número de denúncias do MP-GO enviadas ao Judiciário chegou a onze. Destas, nove são por crimes sexuais e duas por porte ilegal de arma de fogo. Além disso, uma ação civil pública está em curso para ressarcimento de danos morais causados às vítimas.
Preso desde dezembro de 2018, João de Deus negou os crimes sexuais, mas admitiu a posse de armas. O médium alega que não sabia que guardá-las em casa configurava crime. Recentemente, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) concedeu liminar que autorizava visitas regulares de médicos para acompanharem a saúde do líder religioso. A decisão foi assinada pelo juiz José Paganucci Júnior.
No último dia 22 de julho, o médium recebeu a primeira visita de médicos particulares dentro da prisão. Porém, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não deu mais detalhes sobre o atendimento e quando aconteceria novas visitas dos profissionais ao médium.