MP pede interdição de cadeia de Anápolis por superlotação e risco de rebelião
12 detentos já morreram no local; MP afirma que número de servidores é insuficiente para conter rebelião
“Verdadeira bomba-relógio”. Assim o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) classificou o Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz ILC, a cadeia pública de Anápolis. A revelação da afirmação foi feita pelo jornal O Popular. Segundo a jornalista Fabiana Pulcineli, o órgão protocolou ação na Justiça pedindo a interdição parcial e a transferência imediata de 360 detentos.
Na tarde desta quinta-feira (12) o Mais Goiás entrou em contato com a promotoria de Anápolis. O órgão informou que o procedimento ainda está sob sigilo e que informações não podem ser divulgadas. Já a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou em nota aguarda a notificação do MP “para o conhecimento oficial do conteúdo do documento e para a manifestação institucional sobre o assunto”.
Segundo a publicação, o espaço, localizado na terceira etapa do Jardim das Américas, abriga atualmente cerca de 850 presos. O número é superior à capacidade do local, que é de 356. Além de diversas fugas, em um ano e oito meses houveram um total de 12 mortes dentro da cadeia pública, de acordo com o jornal.
Na ação, o MP-GO também pontuou o baixo quantitativo de agentes que trabalham no local. São apenas 25 servidores, conforme o órgão, número insuficiente para impedir uma “rebelião de proporções caóticas”.