O Ministério Público de Goiás (MP-GO) quer que as duas ex-companheiras e ex-sogra de Lázaro Barbosa, morto em 29 de junho em confronto com a polícia em Águas Lindas, paguem R$ 550 para que o processo judicial contra elas chegue ao fim. Caberá as elas decidirem. A informação foi dada pelo Metrópoles.
Conforme apurado, a promotora Lorena Mendes pediu que fosse marcada uma audiência preliminar para chegar a um acordo. Se as mulheres toparem as condições, o processo se extingue. Caso não fechem, ele volta para análise da Justiça.
Vale lembrar, as três foram indiciadas no fim de julho por ajudar Lázaro a escapar dos cercos policiais – ele ficou cerca de 20 dias foragido na região de Cocalzinho de Goiás, após matar uma família em Ceilândia (DF). As acusadas Ellen Vieira da Silva, de 20; Luana Cristina Evangelista Barreto, de 30 anos, e Isabel Evangelista de Sousa, de 65 anos, podendo ter pena de um a seis meses de reclusão ou multa, se condenadas.
Ajuda a Lázaro
Segundo investigado, a dona de casa Luana Cristina Evangelista Barreto, ex de Lázaro, teria sido a última pessoa a conversar presencialmente com ele, antes da sua morte, no dia 28. Ele teria usado o celular dela para trocar mensagens com a mulher, Ellen Vieira da Silva, de 20.
Vizinhos denunciaram que Lázaro poderia estar na casa de Luana e da mãe dela desde o dia 26, pois estranharam a mudança no comportamento delas. Porém, no depoimento de dois policiais civis consta que ambas não teriam dito que suspeito estava na sua residência e depois teriam dito que haviam “se esquecido” de mencionar isso.
O delegado responsável pelo caso diz, também, que os contatos telefônicos já demonstram indícios de que ele “teria sido auxiliado por Ellen durante a fuga”. Ainda no inquérito, é relatado que os civis chegaram a ficar a 120 metros de Lázaro, enquanto interrogavam Luana e Isabel na porta da casa delas, por volta de 21h30 do dia 27. Um vizinho viu ele saindo, alertou os investigadores e eles correram atrás de Lázaro, mas ele escapou. Essa foi a última vez que o criminoso fugiu de um cerco policial.
Morte
Lázaro foi morto durante confronto com a Polícia, em uma região de mata em Águas Lindas de Goiás, na manhã de segunda-feira (28), após fugir das forças de segurança por cerca de 20 dias.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), o homem descarregou uma pistola contra os policiais. No revide, ele foi atingido com tiros no peito, barriga e cabeça. Ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.
Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.
Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.
Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.
Domingo (13), noite – veículo é abandonado na BR-070, após avistar bloqueio policial próximo à cidade de Edilândia. Suspeito foge à pé, supostamente para região de mata. Investigadores ainda não confirmaram se responsável por abandonar carro é mesmo Lázaro.
Polícias militar e rodoviária federal destacam 120 policiais para o cerco, que tem auxílio de 3 helicópteros
Segunda-feira (14), manhã – Mais policiais se juntam à operação de captura. Agora, são 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF) que atuam para detectar e prender Lázaro. Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodnei Miranda acompanha os trabalhos in loco.
Segunda-feira (14), noite – Lázaro pede comida em uma chácara em Edilândia, mas diante da negativa do caseiro atira com uma pistola contra a propriedade. O caseiro, que também estava armado com uma espingarda, revida, fazendo com que o procurado fuja do local correndo a pé.
Terça-feira (15), tarde – Moradores de uma fazenda em Cocalzinho de Goiás afirma ter avistado Lázaro passando pela propriedade. Desesperados, eles orientam os policiais sobre o caminho que ele seguiu.
Terça-feira (15), tarde – Três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda.
Sexta-feira (18), manhã – Policiais encontraram uma vela de sete dias na região de mata de Edilândia, povoado de Cocalzinho de Goiás. O objeto, com o nome de Lázaro, foi localizado ainda na noite de quinta.
Segunda-feira (21), tarde – Secretaria recebe quase mil denúncias sobre Lázaro, em 24h, a maioria trote. Além disso, o exército cedeu 40 rádios comunicadores para auxiliar as equipes. Segundo a SSP, cerca fica cada vez mais fechado.
Terça-feira (22), manhã – Intensificação de barreiras em busca de Lázaro causa fila de carros na BR-070.