MP solicita retirada de tomadas em celas do presídio de Formosa
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do promotor de Justiça Douglas Chegury, recomendou…
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do promotor de Justiça Douglas Chegury, recomendou ao diretor geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, o desligamento e retirada de tomadas elétricas presentes no interior das celas do Presídio Estadual de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O documento foi enviado à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) no último dia 13 e aponta que as medidas necessárias deverão ser realizadas em prazo máximo de 60 dias.
Consta no documento que, durante recente visita do órgão à unidade prisional, foi constatado que havia, além de tomadas, outras fontes de energia dentro das celas. Essa situação, de acordo com o promotor, facilita a recarga de baterias de celulares que entram de forma ilegal no presídio.
A retirada das tomadas impedirá, ou ao menos dificultará, o uso dos aparelhos pelos detentos. O promotor também justifica que, mesmo com apenas nove meses inaugurado, já foram apreendidos mais de 100 aparelhos no interior das celas do presídio. Isso, segundo Chegury, mostra que, mesmo privados de liberdades, os detentos têm comandados diversas ações criminosas em todas as regiões do Estado, como revelam as investigações realizadas pela Polícia Civil.
“O Estado de Goiás tem se mostrado ineficiente em impedir que tais aparelhos de comunicação sejam utilizados pelos presos, aumentando o nível de insegurança pública a patamares inaceitáveis pela população”, destaca.
O Mais Goiás entrou em contato com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) que, por meio de nota, relatou que ainda não recebeu as recomendações do promotor, mas que concorda com as colocações e que executarão os serviços. Além disso, a nota destaca que os novos projetos de presídio não contam com tomadas. Confira a nota completa abaixo:
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informa que não recebeu até a presente data as recomendações do promotor de Justiça Douglas Chegury para desligamento e retirada de todas as fontes de energia, especialmente tomadas elétricas, do interior das celas do Presídio Estadual de Formosa no prazo máximo de 60 dias.
A DGAP esclarece que concorda com o posicionamento do Ministério Público e que vai executar os serviços de engenharia tão logo receba o pedido formal.
Esclarece, ainda, que os novos projetos, bem como os presídios em construção, já não possuem tomadas elétricas dentro das celas.