MPF apura possíveis falhas no acolhimento de pacientes no Hospital de Campanha
Órgão argumenta que alto número de casos negativos de Covi-19 pode indicar falhas na regulação de pacientes
O Ministério Público Federal (MPF) investiga possíveis ações ou omissões ilícita no acolhimento de pacientes no Hospital de Campanha (HCamp) em Goiânia. Para o órgão, pode haver falha no direcionamento de pacientes para a unidade, uma vez que muitos casos tratados na unidade deram resultado negativo para o coronavírus. Um Procedimento Preparatório (PP) foi publicado na última sexta-feira (17) para apurar o caso
No documento, o MPF solicita da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que apresente a forma por meio da qual os pacientes foram admitidos no HCamp. O texto requer informações sobre os sintomas dos pacientes admitidos e questiona se os protocolas de tratamentos do Ministério da Saúde (MS) foram aplicados. O prazo para a entrega das informações é de cinco dias, contados desde o dia 17 de abril.
MPF alega poucos casos confirmados
De acordo com o PP, o alto número de casos negativos de Covi-19 pode indicar falhas na regulação de pacientes. Dos 20 pacientes que estavam internados na unidade e morreram, 14 não estavam infectados com o coronavírus. Além disso, outros três ainda estão em investigação. Apenas três pacientes foram tiveram resultados positivos para a doença.
A assessoria do Hcamp informou ao Mais Goiás que os pacientes acolhidos pela unidade são enviados pela Central de Regulação do Estado.
Por meio de nota, a SES informou que o HCamp recebe pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre os quais se incluem pacientes suspeitos de Covid-19. O texto diz ainda que não é possível fazer a distinção dos casos de infecção pelo coronavírus de forma puramente clínica. É preciso fazer o exame laboratorial para concluir o diagnóstico.
A SES comunicou também que, assim que os resultados de exame confirmam o diagnóstico, esses pacientes podem ser direcionados para outras unidades hospitalares de rede de saúde.