MPF denuncia presos em operação da PF que investiga esquema de pirâmide
Prisões ocorreram nas cidades de Formosa e Cuiabá
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra três pessoas presas na Operação Alavancada, deflagrada nesta terça-feira (14). Os dois homens e a mulher são suspeitos de operar um esquema de pirâmide em vários estados brasileiros. Segundo a Polícia Federal, os investigados teriam obtido R$ 12 milhões e feito mais de 300 vítimas com o esquema. Prisões ocorreram nas cidades de Formosa e Cuiabá.
Trio foi denunciados pelo MPF em razão dos crimes cometidos contra o Sistema Financeiro Nacional. A pena varia de dois a oito anos de reclusão e multa. O órgão pediu à Justiça Federal a condenação dos réus ao pagamento de R$ 14 milhões a título de dano moral coletivo, tendo em vista o abalo à ordem econômica causado em Floriano, um dos municípios piauienses onde o grupo atuou.
O órgão solicitou a decretação da indisponibilidade de bens e o bloqueio dos valores dos presos e, ainda, a manutenção da prisão preventiva de um dos alvos, visto que ele é investigado por vários crimes, entre eles, estelionato, tanto na Polícia Civil do Distrito Federal (DF) quanto na Polícia Civil do Piauí.
Esquema de pirâmide
Os investigados se apresentavam como “traders” para captar economias de vítimas/investidores, com a justificativa de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.
Ao longo das investigação, descobriu-se que a captação de recursos de clientes (vítimas) por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro por meio de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado.
Trio emitiu e ofereceu ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da CVM.
“O inquérito policial foi instaurado em 2022 e, até o presente estágio das investigações, já foi apurado que a organização criminosa captou valores que ultrapassam a cifra de R$ 12 milhões, com mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília, Floriano, Eliseu Martins, Corrente e Teresina. Além disso, restou demonstrado até o momento que os valores disponibilizados pelas vítimas para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados”, informou a PF.
*Com informações do G1