MPF se manifesta sobre agressão a advogado em Goiânia por PMs
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou, na última quinta-feira (22), uma nota pública em que…
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou, na última quinta-feira (22), uma nota pública em que repudia a “truculência na abordagem policial ao advogado Orcelio Ferreira Silverio Júnior“, situação ocorrida em Goiânia na última quarta-feira (21), e pede a investigação e responsabilização dos policiais envolvidos.
A nota é assinada pelas procuradoras Mariana Guimarães de Mello e Léa Batista de Oliveira, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão. No documento, o MPF afirma que o uso da força pelos agentes da Segurança Pública “é sempre excepcional e está condicionada à obediência aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência” e que “tais princípios foram frontalmente violados na abordagem policial” que ocorreu em Goiânia.
“A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão espera que sejam tomadas medidas efetivas para que os policiais envolvidos sejam investigados e responsabilizados”, conclui.
Relembre
Um policial militar do GIRO aparece em um vídeo desferindo socos no advogado Orcélio Júnior enquanto outros dois policiais o seguram, durante uma abordagem em frente ao Camelódromo Praça da Bíblia, em Goiânia, na última quarta-feira (21). As imagens ganharam ampla repercussão, causando a manifestação de diversas entidades e do governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
A agressão teria ocorrido após o advogado ter se desentendido com os policiais, na tentativa de defender um flanelinha. Em outro vídeo, é possível ver um policial dando um tapa no rosto do advogado quando esse está caído no chão.
Diversas entidades se posicionaram em repúdio pelo ocorrido, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Em entrevista, Ronaldo Caiado também falou sobre a agressão e admitiu ter havido excesso por parte do policial. “Não tenho dúvida, está nítido [sobre o excesso na ação], tanto que o comandante da PM já tomou as atitudes”, declarou.
Em nota, a Polícia Militar informou que o policial envolvido no ocorrido foi afastado de suas funções e que um procedimento administrativo disciplinar foi aberto. A corporação disse ainda que a confusão teria começado depois que o advogado invadiu o perímetro de segurança (da abordagem) e sem se identificar. Ainda segundo a PM, o jurista também teria dado um soco no rosto de um policial.