MPGO recomenda exoneração de nove servidores públicos de Luziânia por nepotismo
Documento feito pelo MPGO afirma que 'está clara nas contratações a troca de favores' com as nomeações
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou a exoneração de nove servidores comissionados, nomeados pelo Executivo de Luziânia, por nepotismo. Segundo o promotor de justiça Julimar Alexandro da Silva, todos apresentam algum tipo de parentesco ou vínculo pessoal com prefeito da cidade, Diego Vaz Sorgatto, com vereadores, secretários ou outras pessoas com influência política no município.
No documento feito pelo MPGO, o promotor afirma que ‘está clara nas contratações a troca de favores’, o que viola diretamente os princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e eficiência.
Inquérito civil público fornece elementos que indicam a prática de nepotismo na nomeação e manutenção dos servidores: Francisco José Cardoso Feitosa, Carolina Fernandes Feitosa e Jackeline Fernandes Feitosa, irmão e filhas do vereador Paulo César Feitosa.
O promotor afirma que, por meio de procedimento administrativo, também pode ser identificada possível prática de nepotismo na nomeação de Lucas Silva da Cunha, filho do secretário municipal de Administração do Jardim Ingá, Marcos Antônio da Cunha.
A nomeação de Amanda Florentino Martins Souza, filha do atual secretário municipal de Relações Institucionais de Luziânia, Mardônio Florentino Martins, também foi apontada como tendo indícios de irregularidade.
O documento menciona ainda a contratação de outros quatro servidores comissionados, que têm relações de parentesco com dois ex-secretários. São eles: o assessor especial Paulo Henrique Alves Laquis e a coordenadora de Eventos e Logística, respectivamente sobrinho e irmã de Eliel Flores Roriz Júnior, ex-secretário municipal de Promoção Social; e Gislaine Barbosa da Silva Oliveira e Neemias Barbosa Oliveira, esposa e filho do ex-secretário municipal de Saúde, Divonei Oliveira de Souza.
Sendo assim, foi dado um prazo de cinco dias para que o prefeito informe à promotoria de Justiça se vai acolher ou não os termos da recomendação, para que o MPGO então avalie as medidas judiciais ou extrajudiciais que o caso pede.
Uma cópia da recomendação também foi enviada a todas as secretarias municipais e à Presidência da Câmara Municipal de Luziânia.