MUDANÇA

Mulher de Pontalina obtém autorização para mudar nome com “conotação masculina”

A requerente disse que constantemente enfrentava situações vexatórias e chegou a ser confundida com homem

Mulher entra na Justiça para alterar nome por conotação masculina
Mulher entra na Justiça para alterar nome por conotação masculina

Uma mulher de 42 anos conseguiu na Justiça o direito de alterar o próprio nome após afirmar que sofreu bullying durante toda a vida. A moradora de Pontalina, a 128 quilômetros de Goiânia, não teve o nome revelado, mas alegou que o nome lhe dava uma conotação masculina. A sentença foi assinada pelo juiz André Reis Lacerda, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos da comarca de Goiânia.

A mulher disse que constantemente enfrentava situações vexatórias por causa do nome. Nos colégios, sempre buscou ser conhecida por apelidos, mas sofria bullying quando os professores a tratavam pelo nome de registro. Ela chegou a ser confundida com homem por conta da peculiaridade de seu nome.

O juiz André Reis ponderou que a Lei de Registros Públicos prevê que o indivíduo pode requerer a alteração do nome no primeiro ano após atingir a maioridade. Após esse prazo, somente por exceção e através de decisão judicial.

“O inconformismo da requerente com o seu prenome decorre do fato da suposta conotação masculina e constrangimentos que passou em razão da peculiaridade de seu nome. Os documentos apresentados, em especial o laudo psicológico, traz a autora sofrimentos psicológicos e desconforto vivenciados durante sua vida social”, afirma Reis.

https://www.emaisgoias.com.br/os-nomes-de-bebes-mais-registrados-no-pais-em-2019/