Mulher é assassinada a tiros pelo marido em fazenda de Rio Verde

Uma mulher, de 31 anos, foi assassinada a tiros pelo próprio marido em uma fazenda de Rio Verde, município da região Sudoeste do estado. Após o crime, o mecânico agrícola, Antônio Marcos Lima Fideles, principal suspeito do feminícidio, fugiu. O caso aconteceu na noite desta sexta-feira (20). Família aponta histórico de agressão e ameaça. Casal estava junto há cerca de 17 anos. Vítima deixa dois filhos de 16 e 10 anos.

A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 23h pelos proprietários da fazenda em que o suspeito e a vítima moravam a trabalho. No local, os militares encontraram Rosyene Domingos já sem vida. O suspeito, que havia fugido, não foi localizado.

Equipes da Polícia Técnico-Científica e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram na fazenda para a realização de trabalhos periciais e retirada do corpo. Até o momento, a motivação do crime é desconhecida.

Segundo relata Hellen Vitoria, irmã da vítima, o suspeito tomava remédio controlado e havia ingerido bebida alcoólica. “A gente não sabe o que aconteceu, mas sempre que ele faz essa mistura de remédio e bebida fica transtornado“. De acordo com ela, Rosyene estava com a família no centro de Rio Verde na sexta-feira (20) e foi embora para a fazenda por volta das 18h30.

A estudante conta que a mãe da vítima ainda mandou uma mensagem para a filha questionando se estava tudo bem e foi respondida apenas pelo suspeito. “Ele só disse que minha irmã estava bem, mas que não era para ninguém intrometer na vida dos dois. O Antônio já havia tomado o celular dela há uma semana porque não gostava que ela conversasse com os familiares, nem mesmo com os filhos”.

A família foi comunicada do crime por uma amiga do casal que mora em Jataí. “Ele contou que havia matado minha irmã e a mulher entrou em contato conosco por volta de 1h da manhã. Ainda sem acreditar, fomos até a fazenda e vimos policiais e o pessoal do IML”, afirmou.

Agressão e ameaça

Hellen Vitoria expõe que o casal estava junto há cerca de 17 anos em uma relação de idas e vindas com histórico de agressão e ameaça. “Nós já denunciamos ele muitas vezes por agressão. Ele já bateu na minha irmã quando estava grávida e, inclusive, já tentou matá-la juntamente com os filhos”, disse.

Com medo, os garotos, de 16 e 10 anos, foram morar com a família de Rosyene. “Como tinha muita violência e ameaça, eles vieram morar com a gente. O maior já falava da possibilidade da morte da mãe. Infelizmente não tinha ninguém para ajudá-la no momento”.

A família, segundo a estudante, só quer Justiça. “Ele não pode ficar impune. A gente sabe que ele já matou outras duas pessoas. Só queremos justiça por tudo que ele fez com a nossa família”.