Região Norte

Mulher é picada por escorpião no Residencial Orlando de Morais, em Goiânia

Depois de passar 6 horas em observação, vítima foi liberada do hospital. Segundo SMS, até o mês de agosto mais de 100 pessoas foram picadas na capital

Uma mulher de 50 anos teve a perna picada por um escorpião, na tarde desta quarta-feira (17), no Residencial Orlando de Morais, região Norte de Goiânia. Segundo o Corpo de Bombeiros, Salatiel da Silva sentia fortes dores na perna e com sintomas de sudorese. Após ser socorrida pelos Bombeiros, Salatiel foi levada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), onde foi recebida pela equipe médica e devidamente medicada. A mulher ficou internada sob observação durante 6 horas e depois recebeu alta.

Segundo Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), equipes já trabalham na região Norte da capital com o intuito de controlar a aparição dos animais e conscientizar a população. A Região foi escolhida por ser a que possui a maior demanda de casos de pessoas picadas. Dentre os setores assistidos pelas equipes, os residenciais Orlando de Morais e Antônio Carlos Pires registram a maior quantidade de casos.

Outros setores da capital também vêm registrando aparições de escorpiões. Em setembro deste ano, moradores do Setor Criméia Oeste entraram em contato com o Mais Goiás reclamando sobre escorpiões em suas residências.

De acordo com dados da pasta, 166 pessoas foram agredidas pelo animal em Goiânia no ano passado. Em 2018, só até o mês de agosto, a SMS já registrou 140 casos. “Ao todo, 40 agentes de endemia trabalham nos dois bairros conscientizando os moradores locais. A expectativa é que a gente consiga alcançar os moradores dos 2,8 mil imóveis e posteriormente abrir o leque até alcançar o setor Itatiaia que também tem grande demanda”, disse Welington Tristão, biólogo e gerente de Controle de Animais Sinantrópicos da Secretaria de Saúde de Goiânia.

Em Goiás, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), 8.776 casos de acidentes com escorpiões foram registrados entre 2014 e 2017 em todo o estado. Desses, 3.071 ocorreram só em 2017.

Prevenção

Wellington aconselha os moradores a sempre observar os sapatos e calças antes de usá-los, já que roupas também podem servir de abrigo para os animais. Roupas de cama e mosqueteiro de berços, principalmente os que tocam o chão, também devem ser verificados.

Para ele, também deve se evitar o acúmulo de entulho, como telhas, tijolos e madeira. Também é preciso manter o ambiente residencial limpo, monitorar o acúmulo de lixo e de restos de comida.

Outra dica é tapar o ralo de pias da cozinha e banheiros quando estes não estiverem sendo utilizados.

Caso cidadãos se deparem com o aracnídeo podem contatar a Gerência de Controle de Animais Sinantrópicos da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e solicitar uma visita técnica. Os telefones são: (62) 35243131 ou (62) 3254-3125

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo