Mulher espancada em Itaguari deve passar por mais duas cirurgias
A mulher que foi espancada por dois homens em Itaguari, região central de Goiás, deve…
A mulher que foi espancada por dois homens em Itaguari, região central de Goiás, deve passar por mais duas cirurgias: uma na boca e mais uma na perna direita. A vítima já passou por quatro procedimentos cirúrgicos, nos dois braços e nas duas pernas.
Ela está internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), e, segundo a paciente, sem previsão de alta. O Mais Goiás tentou contato com a unidade para um boletim oficial atualizado. No entanto, não obteve resposta.
Segundo a vítima, ela já prestou depoimento ao delegado Leandro Pinheiro, da delegacia de Itaberaí, que é responsável pelo caso. O responsável pelas investigações foi até o hospital na segunda-feira (4). “E ele disse que já ouviu outras partes também”, conta a mulher.
De acordo com Leandro, as investigações ainda estão em andamento. “Perícias já foram feitas e estamos aguardando o resultado. Pessoas estão sendo ouvidas”, afirma. Ele diz ainda que ainda não há uma linha de investigação definida. “Mas estamos apurando brigas políticas e problemas pessoais da vítima”. Segundo Leandro, mais informações não podem ser repassadas no momento para que não atrapalhe a apuração policial do caso.
Relembre o caso
A vítima foi espancada na noite da última quinta-feira (24) em Itaguari, região central de Goiás. O Mais Goiás divulgou o caso com exclusividade no dia 30 de outubro. Em entrevista, a mulher acusa um vereador do município de ser o mandante do crime. O parlamentar, por sua vez, nega envolvimento com o episódio da agressão. O motivo seria uma desavença política entre os dois, com direito a xingamentos, postagens em redes sociais e discursos no plenário da Câmara Municipal da cidade.
Os nomes da vítima e do acusado não serão divulgados para evitar interferência nas investigações. Ao Mais Goiás, o parlamentar confirma o episódio de discussão política com a mulher. No entanto, ele nega envolvimento com a agressão, já que, segundo ele, sempre teve uma relação harmoniosa com ela. Além disso, ele afirma que o episódio, “se tratou de um caso isolado”. “Tem que ser apurado, porque jamais faria isso com qualquer pessoa. E, como representante do povo, acho ruim que isso aconteça no meu município. Não devo e, por isso, não preciso de um advogado”, finaliza.
A vítima diz que tudo começou com uma postagem nas redes sociais, feita pelo prefeito da cidade, sobre uma obra de asfalto que está em curso. “Eu então postei na minha conta que o povo está do lado do prefeito. E que ‘certo vereador’ só estaria se colocando como pré-candidato para fazer chantagem, sabendo que não ganharia”.
A ocorrência da PM, contudo, apresenta uma versão diferente da que a vítima narrou à nossa reportagem. Durante a ocorrência, ela disse o parlamentar seria o mandante das agressões e usa palavras de baixo calão para se referir a uma possível homossexualidade do homem. Ela teria sido agredida “pelo fato dela ter comentado que o vereador estava dando o **, todos na Câmara de Vereadores eram v****. Segundo relatos da vítima, ela teve entreveros com o Sr. [nome do vereador]”, lê-se no texto da ocorrência.