Mulher já condenada por dopar e roubar idosos é presa em flagrante após cometer o mesmo crime

Velha conhecida da polícia e já condenada a sete anos e seis meses de prisão por dopar e roubar idosos após aplicar um golpe conhecido como “boa noite Cinderela”, Anariê Silva Oliveira, de 40 anos, foi presa em flagrante após fazer duas novas vítimas no último final de semana, em Trindade. No momento em que foi localizada em Goiânia, a suspeita preparava-se para colocar uma peruca a fim de mudar o visual, pois sabia que estava sendo procurada pelas autoridades.

Foi após conseguir imagens de câmeras de segurança fixadas na vizinhança de dois idosos – furtados por uma mulher que os dopou em Trindade -, que a Polícia Civil chegou à placa do veículo utilizado pela golpista. Como o carro ainda estava com os documentos em nome do antigo proprietário, os agentes chegaram inicialmente a um motoboy, que havia ajudado a autora a adquirir o mesmo. O homem ainda revelou que levaria uma peruca para a moça na tarde de quinta-feira (4) em um centro de estética do Setor Bueno, em Goiânia.

“Quando chegamos lá a Anariê contou que pretendia mudar o visual porque tinha certeza de que havia sido filmada no último final de semana em Trindade. Pelo que apuramos aqui, ela comete esse mesmo tipo de crime desde 2006, e inclusive já tinha um mandado de prisão definitiva em aberto, em decorrência de uma condenação que tem, de sete anos e seis meses de reclusão”, contou o delegado de Trindade Fabrício Rodrigues.

O delegado disse ainda que apesar de apenas duas vítimas terem registrado ocorrência até agora, a suspeita é de que Anariê tenha feito pelo menos outras seis vítimas, não só em Goiás, mas em outros estados. “Ela sempre agia da mesma forma, vigiava casas onde só moravam idosos, batia a campainha, e após inventar a história de que procurava um barracão para alugar, conquistava a confiança do morador, entrava, oferecia para fazer um chá ou um suco, e então colocava Rivotril na bebida. Daí quando a pessoa adormecia, ela furtava joias e valores que encontrava pela casa”, destacou Rodrigues.

Com a suspeita, que segundo o delegado nunca trabalhou, os agentes apreenderam recibos de transações bancárias com valores que variam de R$ 2 mil a R$ 6 mil. Na maioria das vezes, segundo a polícia, os depósitos eram feitos em contas de pelo menos três conhecidos de Anariê, pessoas estas que, segundo Fabrício Rodrigues, agora também serão investigadas.