Mulher mata outra por ciúme de namorado, em Abadia
Pivô de confusão, homem identificado apenas como “Redenção”, de 34 anos, é procurado para prestar esclarecimentos; autora está presa
Um duplo romance é tema de uma história policial, em Abadia, na Região Metropolitana. Vanessa Sousa Silva, de 30 anos, Elenira Aparecida de Moraes, de 44, e o homem identificado pela polícia até o momento como “Redenção”, de 34 anos, viviam um triângulo amoroso. Quando Vanessa se revoltou com a situação, segundo a Polícia Civil, tudo se transformou em uma obra de suspense e drama, que acabou com Elenira morta a facadas.
Delegado do caso, responsável por uma investigação rápida e eficaz, Carlos Levergger conta que o plano de acabar com a vida de Elenira foi armado para que, na madrugada da segunda-feira, 2, a vítima fosse esfaqueada por Vanessa após as duas passarem um longo período ingerindo bebida alcoólica. “Elas ficaram na mesma mesa, bebendo e conversando, e Vanessa já estava com plano de matar Elenira, porque já sabia que as duas mantinham relações com o mesmo homem.”
A autora, segundo o investigador, esperou que a vítima ficasse bêbada, para poder agir e a matar a vítima. “É possível ver nas imagens de monitoramento quando ambas estão sentadas junto com ‘Redenção’ e outros, na mesa. Inclusive, é possível ver quando Elenira cai e é levantada em seguida. Depois, é possível ver quando Vanessa, que já estava na sarjeta (entre a rua e a calçada), comete o crime”, explica Levergger.
A mulher foi autuada em flagrante poucas horas depois do acontecido, em uma fazenda da região, por policiais civis. Ela revelou que pegou uma faca da própria casa para cometer o crime, mas contou que não estava planejando o assassinato de Elenira. O delegado não acreditou na hipótese, pelas informações que conseguiu coletar na cena do crime e também nos depoimentos de testemunhas.
Pelo crime, Valessa fica presa na cadeia de Guapó — única da comarca — por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. Se condenada, pode pegar até 30 anos de prisão. Ela não passará por audiência de custódia, e apenas durante o processo será possível o juiz definir se responderá presa ou em liberdade.