LUTO

Mulher morre após realizar aumento de glúteos em clínica clandestina de Anápolis

Uma brasileira que mora no Reino Unido morreu no sábado (1) com infecções causadas por…

Uma brasileira que mora no Reino Unido morreu no sábado (1) com infecções causadas por uma cirurgia estética realizada em uma clínica clandestina em Anápolis, a cerca de 60 km de Goiânia. Dois suspeitos são investigados pela Polícia Civil.

Ronilza Johnson, de 45 anos, mora na Inglaterra, mas decidiu fazer um preenchimento nos glúteosdurante a viagem para visitar o pai, que mora no município goiano, segundo a TV Anhanguera, filiada da TV Globo.

A clínica era localizada em um prédio comercial na região central de Anápolis, mas não havia licença na Prefeitura para funcionar. De acordo com a TV, o suspeito Lucas Santana, de 25 anos, possui registro como biomédico e se apresentava como médico para realizar os procedimentos. Ele contava com a ajuda de Thierry Cardoso, um estudante de medicina boliviano.

Na busca e apreensão feita pela Polícia Civil, foram encontrados na residência de Lucas um certificado de licenciamento profissional datado em 1996 – quando o suspeito tinha 1 ano de idade -, medicamentos nacionais e internacionais não registrados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e medicamentos vencidos.

Quando percebeu que a plástica estava causando reações no corpo, Ronilza procurou a polícia antes de ser internada. Segundo a Delegada Cynthia Christyane Costa, “os suspeitos passam a responder por crime de lesão corporal grave. Infelizmente com a morte da vítima nós estamos concluindo as investigações como lesão corporal seguida de morte. Um dos suspeitos informou que utilizou a substância PMMA, que não poderia ser usada”, diz ela, à TV Anhanguera.

A polimetilmetacrilato, mais conhecida como PMMA, não é proibida no Brasil, mas não pode ser utilizada em procedimentos estéticos.

O Conselho Regional de Biomedicina vai abrir um processo ético contra Lucas por realizar um procedimento não permitido, já o dono do prédio disse que cancelaria o contrato com o inquilino, uma vez que alegou não ter ciência das atividades que lá eram realizadas.