Mulher presa por chantagear amante em Goiânia ameaçou criar grupo com família dele
Para continuar chantageando a vítima, a suspeita trocava de chip a medida que era bloqueada

Como mostrou mais cedo uma reportagem do Mais Goiás, uma mulher de 22 anos foi presa em Goiânia por chantagear o amante para não contar, à esposa dele, sobre a traição. Outro detalhe que a Polícia Civil acaba de revelar é que a mulher tentou envolver a família da vítima para aumentar a pressão e continuar obtendo vantagens financeiras.
Segundo as investigações, ao ser bloqueada, ela comprava novos chips para continuar com as ameaças. Em mensagens divulgadas pela Polícia Civil, a suspeita afirmou que, se o dinheiro não fosse enviado, ela criaria um grupo de Whatsapp com os parentes do homem, até mesmo com a filha dele, para expor a traição.
A extorsão começou em setembro do ano passado e continuou por meses, mesmo depois de já receber R$ 50 mil. A suspeita alegou que teria tido acesso aos números de vários integrantes da família dele, e que iria criar um grupo e expor o caso, “Se realmente quer que conte tudo, vou fazer um grupo às 9h45 com todos eles, se não me mandar o dinheiro”, escreveu em uma das mensagens.
À medida que a vítima cedia, ela aumentava o valor solicitado. Quando o homem a bloqueava, a mulher comprava novos chips de telefone e continuava a enviar ameaças com números diferentes.
Percebendo que a situação estava fora de controle, o homem procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência. Mesmo assim, ela insistiu e, ao tentar mais uma vez, foi presa em flagrante. Durante a abordagem, a mulher admitiu o envio das mensagens, mas se manteve em silêncio durante o depoimento.
Além dela, o irmão, o pai e um amigo também foram implicados, por terem fornecido contas bancárias para o recebimento do dinheiro. Eles foram presos preventivamente. A polícia informou que a suspeita e o irmão seguem detidos, mas os outros dois suspeitos, que receberam liberdade provisória, estão foragidos.
Em um ciclo de ameaças a suspeita pressionava a vítima
De acordo com o depoimento da vítima, ele passou a ser chantageado pela mulher assim que decidiu pôr fim no relacionamento extraconjugal. Ele teria enviado uma mensagem por um aplicativo terminando o namoro, momento em que a mulher ficou inconformada e passou a chantageá-lo.
Em setembro de 2024, ela começou o ciclo de ameaças, solicitando valores pequenos. À medida que o homem cedia e efetuava os pagamentos, ela dobrava a quantia da extorsão, pedindo cada vez mais, na mesma medida em que intensificava a pressão da chantagem.
Os valores eram pagos em contas bancárias de terceiros, como seu irmão, o pai e um amigo.