Mulher que ateou fogo em companheiro é condenada a quatro anos de prisão
Casal havia terminado o relacionamento após terem discutido pelo fato de a vítima ter levado roupa para lavar fora de casa
Wanderleia Silva e Sousa de Godoi, acusada de tentar matar o marido, Mário Oswaldo Lopes foi condenada a quatro anos de prisão em regime aberto, em julgamento realizado nesta terça-feira (20). A sentença foi dada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia.
Wanderléia cumprirá a pena na Casa do Albergado, em Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MPGO) havia denunciado a mulher por tentativa de homicídio, mas na sessão de julgamento os jurados entenderam que se tratou de uma lesão corporal gravíssima.
A defesa de Wanderléia, acusada inicialmente de tentativa de homicídio duplamente qualificado, foi representada pela advogada Girlene Marcolino. A acusação foi feita pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargos.
Denúncia do MPGO
Conforme denúncia do MPGO, a denunciada Wanderleia Silva e Sousa de Godoi morava há mais ou menos um ano com a vítima Mário Oswaldo Lopes. Durante todo o relacionamento, a mulher demonstrou ser uma pessoa extremamente ciumenta.
No dia 24 de março de 2001, por volta das 18 horas, a vítima levou as suas roupas para lavar em outro lugar, esperando, assim, desfrutar mais da companhia de Wanderleia Silva. Segundo a peça acusatória, a denunciada, no entanto, ficou extremamente zangada com a atitude de Mário Lopes, alegando que ela, como esposa dele, é que deveria lavar as suas vestes.
Em seguida, a denunciada disse que iria cortar e atear fogo nas roupas da vítima. Ao ouvir as ameaças proferidas por Wanderleia Silva, o ofendido disse que não queria mais conviver com ela.
Em seguida, a denunciada teria afirmado que o marido iria “se arrepender amargamente” do que havia dito. O ofendido, então, com a intenção de romper o relacionamento, disse à denunciada que ela poderia ficar com todos os objetos da casa e que ele lhe daria a quantia de R$ 3,5 mil para que ela pudesse comprar um lote.
Conforme a denúncia, o homem assegurou à ré que iria para a casa de seus pais até que esta deixasse a residência do casal. O homem, então, dirigiu-se ao quarto do casal e, quando ia saindo pelo estreito corredor, deparou-se com a denunciada, que jogou álcool no corpo dele e ateou fogo.
De acordo com os autos, enquanto Mário estava sendo queimado, ela saiu em direção à rua gritando por socorro. Em seguida, aproveitando-se do tumulto, Wanderléia fugiu. A vítima conseguiu sobreviver graças ao socorro de vizinhos.