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Mulher que ateou fogo no marido por ciúmes, em Goiânia, vai a júri popular

Casal havia terminado o relacionamento após terem discutido pelo fato de a vítima ter levado roupa para lavar fora de casa

Wanderleia Silva e Sousa de Godoi, acusada de tentar matar o marido, Mário Oswaldo Lopes, foi pronunciada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. Por ciúmes, ela teria ateado fogo na vítima no dia 24 de março de 2001, no Jardim das Hortênsias, em Goiânia.

De acordo com o magistrado, ao analisar os autos, ficaram comprovados os requisitos necessários para a pronúncia, já que a materialidade se encontra demonstrada bem como os indícios da autoria. Conforme Jesseir de Alcântara, caberá agora, ao Conselho de Sentença, dirimir as dúvidas e contradições nos autos, avaliando se a acusada é inocente ou culpada.

A defesa da acusada já pediu a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal.

Denúncia do MPGO

Conforme denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a denunciada Wanderleia Silva e Sousa de Godoi morava há mais ou menos um ano com a vítima Mário Oswaldo Lopes. Durante todo o relacionamento, a mulher demonstrou ser uma pessoa extremamente ciumenta.

No dia 24 de março de 2001, por volta das 18h, a vítima levou as suas roupas para lavar em outro lugar, esperando, assim, desfrutar mais da companhia de Wanderleia Silva. Segundo a peça acusatória, a denunciada, no entanto, ficou extremamente zangada com a atitude de Mário Lopes, alegando que ela, como esposa dele, é que deveria lavar as suas vestes. Em seguida, a denunciada disse que iria cortar e atear fogo nas roupas da vítima. Ao ouvir as ameaças proferidas por Wanderleia Silva, o ofendido disse que não queria mais conviver com ela.

Em seguida, a denunciada teria afirmado que o marido iria “se arrepender amargamente” do que havia dito. O ofendido, então, com a intenção de romper o relacionamento, disse à denunciada que ela poderia ficar com todos os objetos da casa e que ele lhe daria a quantia de R$ 3,5 mil para que ela pudesse comprar um lote.

Conforme a denúncia, o homem assegurou à ré que iria para a casa de seus pais até que esta deixasse a residência do casal. O homem, então, dirigiu-se ao quarto do casal e, quando ia saindo pelo estreito corredor, deparou-se com a denunciada, que jogou álcool no corpo dele e ateou fogo.

A vítima conseguiu sobreviver graças ao socorro de vizinhos.