Mulher que diz ter encontrado recém-nascida em lote baldio de Itapuranga é a mãe da criança

A moradora que diz ter encontrado uma recém-nascida dentro de uma sacola em um lote baldio de Itapuranga é a mãe da menina, segundo a Polícia Civil. A mulher deu à luz durante a madrugada de quinta-feira (8) e deixou a filha no lote. Em seguida, acionou a Polícia Militar com alegação de que havia encontrado a criança. A equipe médica desconfiou do relato após a mulher passar mal e precisar ser internada.

De acordo com a polícia, a mulher não contou para os familiares que estava grávida e negava sempre que era questionada. Após ter a criança, ela rompeu o cordão umbilical com as mãos, colocou a recém-nascida em uma sacola plástica e a deixou em cima de galhos de árvore, no lote baldio ao lado da casa onde mora. Depois, voltou para a residência e acionou a polícia dizendo ter encontrado a menina.

No entanto, a moradora passou mal e acendeu a desconfiança na equipe médica devido aos sintomas que sentia. Para os médicos que a atenderam, ela continuou a negar a maternidade, mas após horas de conversa com uma psicóloga, admitiu a dinâmica dos fatos.

Recém-nascida encontrada em sacola

Aos policiais militares, a mulher contou que, por volta das 6h, escutou um choro, mas pensou que se tratava do miado de gato. No entanto, o choro se intensificou e ela foi até o lote baldio para verificar o que era. Segundo o relato, quando chegou no local, percebeu que o choro vinha de uma sacola plástica que estava em cima de galhos de árvores. Ao abrir a sacola, ela viu a recém-nascida.

Mãe e filha estão internadas no Hospital Municipal de Itapuranga e passam bem. A mulher deve receber alta ainda nesta sexta-feira (9), mas a menina continua internada por tempo indeterminado.

A guarda da criança ficará com a avó. A família esclareceu que tem interesse em cuidar da recém-nascida e que não entende o que pode ter acontecido já que a mulher tem outras duas filhas e nunca negligenciou cuidados à elas.  A guarda definitiva será estabelecida pelo Poder Judiciário.

Segundo a polícia, a mulher deve responder por abandono de recém-nascido. No entanto, a investigação continua já que há indícios de que a ela possa estar com depressão pós-parto.

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