Mulher que foi mantida refém em casa defende marido, em Aparecida: “eu te amo”

A mulher que foi mantida refém pelo marido durante três horas na manhã desta segunda-feira (4), dentro da residência do casal, em Aparecida de Goiânia, tentou defendê-lo após a prisão. No momento em que o o homem, que tem 38 anos, chegou algemado ao 4° Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, ela gritou várias vezes, “eu te amo”.

A denúncia de que um homem armado estaria ameaçando a companheira e dois filhos pequenos em uma casa no Jardim Bonança, foi feita no início da manhã à PM por vizinhos, e mobilizou varias unidades especializadas da corporação. Quando a primeira viatura chegou ao local, o homem, que segundo a corporação aparentava estar embriagado, ou sob o uso de entorpecentes, pegou a mulher, se trancou com ela no banheiro, e efetuou um disparo de pistola para o alto.

Dentro da casa, os PMs resgataram duas crianças, uma de 11 anos, e outra de quatro anos, filhos do casal. Elas foram entregues para representantes do Conselho Tutelar.

Somente após três horas de uma tensa negociação, foi que o homem, que já tem passagens por tráfico, homicidio, e porte ilegal de arma de fogo, se entregou. Uma pistola 380, e dois carregadores foram apreendidos. no local.

Refém alega que marido teve um surto

Na porta da delegacia, a mulher que ficou refém durante três horas alegou que foi ela quem se trancou com o marido no banheiro para evitar que ele tirasse a própria vida. Para os repórteres, ela contou que fez isso porque viu que o marido aparentava ter tido um surto.

A versão dela, porém, foi contestada pela PM, que tirou fotos e gravou vídeos do momento em que ele saiu do banheiro agarrando a companheira pelo pescoço, e com uma pistola encostada na cabeça dela. Vizinhos também relataram ter escutado gritos de um homem ameaçando a mulher e as crianças dentro da casa antes da chegada dos policiais.

O delegado responsável pelo flagrante ainda está ouvindo os policiais e algumas testemunhas. A princípio, o homem, de projetos nome Danilo, seria autuado por ameaça, cárcere privado, e posse ilegal de arma de fogo.