Mulher que matou filha a marretadas e carbonizou o corpo é indiciada em Goiânia
Alessandra vai responder pelos crimes de homicídio e tentativa de omissão de cadáver. O inquérito foi remetido ao Judiciário na última quinta-feira (28)
A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) indiciou nesta sexta-feira (1), Alessandra Fiusa das Neves, 32 anos. No dia 21 de fevereiro ela matou a filha de um ano e oito meses com golpes de marreta e ateou fogo no corpo da bebê. O inquérito do caso foi concluído e remetido ao Judiciário na última quinta-feira (28).
Alessandra vai responder por homicídio e tentativa de omissão de cadáver, pois teria colocado fogo na casa com intuito de encobrir o homicídio. Ela está presa na Casa de Prisão Provisória (CPP) desde o dia 22 de fevereiro, por decisão tomada após audiência de custódia. O documento da decisão diz que “a liberdade da autuada atenta contra a ordem pública e prejudica o meio social. Em liberdade, ela poderá encontrar o mesmo estímulo para a pratica delituosa”.
O crime
De acordo com a Polícia Militar, no dia 21 de fevereiro Alessandra usou uma marreta para quebrar o crânio, pernas e braços da menina. Após matar a filha, ela ateou fogo no corpo. A mãe foi encontrada pelos PMs e pelo Corpo de Bombeiros em casa, no Parque Santa Rita, e encaminhada para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.
O corpo da menina foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e, posteriormente, sepultado sem velório no Cemitério Jardim da Saudade, em Trindade.
Suspeita
Nos autos do processo consta que “a autuada ministra de forma inadvertida drogas para seus filhos. Seu filho P.H., 12 anos, estava no local aparentemente dopado, atônito, sob suspeita de estar sob o efeito de drogas”.
O delegado responsável pelo caso, Ernane Cazer, aguarda os resultados dos exames toxicológicos feitos em Alessandra e no filho para confirmar a suspeita do uso de drogas. O resultado do Instituto de Criminalística está previsto para este mês.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo