Mulher que matou filha recém-nascida é condenada a 18 anos e 8 meses de prisão
A pena será cumprida em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia
A professora Márcia Zaccarelli, acusada de matar e esconder o corpo da filha recém-nascida por cinco anos, foi condenada pelo júri popular a 18 anos e 8 meses de prisão. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (1º/8) no Fórum Cível de Goiânia, localizado no Setor Park Lozandes.
A pena será cumprida em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Segundo o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia, a mulher foi considerada culpada pelo assassinato e também por ocultar o cadáver da criança em um escaninho no prédio em que morava, no Setor Bueno.
Durante interrogatório, Márcia afirmou que a morte da criança foi acidental e que a ideia de esconder o corpo foi do ex-companheiro, Glácio de Souza Costa. Segundo ela, a recém-nascida morreu nos braços dela, enquanto ela a segurava contra o peito para que o marido não a tomasse de seu colo.
Apesar disso, o júri, composto por três mulheres e quatro homens, entendeu que a ré é culpada pelo crime, já que agiu com frieza ao tampar o nariz da própria filha recém-nascida e matando-a.
Relembre o caso
Márcia Zacarelli deu a luz à uma menina no dia 15 de março de 2011, após ter escondido a gravidez de familiares e amigos. A criança seria fruto de um relacionamento extraconjugal. Como seu marido já havia feito vasectomia, não havia como dizer que a criança era dele.
No dia do nascimento da filha, Márcia, ao sentir as contrações, ligou para um amigo que a levou para o hospital. O amigo ainda pagou para que ela fizesse parto cesária. Um dia depois, ao receber alta, ela tampou o nariz da recém-nascida, matando-a por asfixia. Em seguida, colocou o cadáver dentro de uma bolsa, e o levou para o apartamento onde morava.
Chegando no local, segundo a peça acusatória, Márcia envolveu o cadáver com pano e saco plástico, depois colocou dentro de uma caixa de papelão e o escondeu no escaninho de seu apartamento. Os restos mortais foram encontrados muitos anos depois, quando seu ex-marido voltou ao prédio para buscar alguns objetos e estranhou o odor de uma das caixas.
Com informações do Tribunal de Justiça de Goiás.