Feminicídio

Mulher que morreu estrangulada pelo marido é enterrada em Valparaíso de Goiás

Antes de ser estrangulada e morta, Diana sofreu com episódios recorrentes de agressão, segundo aponta investigação preliminar

Diana Faria Lima, estrangulada pelo companheiro dentro de casa, em Ceilãndia (Foto: Reprodução)

O corpo de Diana Faria Lima, que tinha 37 anos e foi estrangulada pelo namorado dela, foi enterrado na tarde desta terça-feira (16) no município de Valparaíso de Goiás. Diana foi a segunda vítima de feminicídio do Distrito Federal nesse ano. O suspeito Kelsen Oliveira de Macedo, 42, apresentou-se à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) na segunda (15) e está preso desde então.

Pelo que apurou a Polícia Civil do DF até aqui, Kelsen agrediu Diana na madrugada do dia 15, por volta das 4h da manhã. Ela estava caída no banheiro da casa em que morava, em Ceilândia, com sinais de estrangulamento e marcas de lesões pelo corpo. Vizinhos disseram que as brigas do casal eram comuns, e portanto as lesões podem ser de outros dias. “Ela apresentava lesões antigas. Após o laudo é que a gente vai conseguir definir a verdadeira causa da morte”, diz a delegada Letizia Lourenço.

Kelsen acionou o Corpo de Bombeiros por volta das 10h. Os militares encontraram Diana com sangramento nos ouvidos e com sinais de parada cardiorrespiratória. O suspeito argumentou que a companheira era dependente química e estava sob efeito de cocaína, e que essa poderia ter sido a causa da morte. A despeito das tentativas de reanimação, a vítima faleceu ainda no local.

No fim da tarde do mesmo dia, Kelsen se apresentou à Polícia Civil do DF acompanhado de um delegado, que disse que o casal havia usado drogas ao longo de quatro dias sem interrupção. “Ele estaria mexendo no telefone dela, viu algumas fotos. Diana teria mostrado a pessoa com quem havia tido uma relação extraconjugal. Ele, então, confessou o crime”.

A pena de prisão pode chegar a 30 anos.

De acordo com o jornal Correio Braziliense, Diana havia trocado o miolo da fechadura da porta da residência porque o suspeito chegou a trancar a porta uma vez e deixá-la trancada no imóvel. A primeira das mais de 10 ocorrências de injúria, lesão corporal e ameaça, envolvendo a Lei Maria da Penha, ocorreu em junho de 2022.