Mulher que teve lábio arrancado com mordida sofria agressões do companheiro, afirma Polícia Civil
Responsável por apurar o caso do homem que foi preso no sábado passado (10), após…
Responsável por apurar o caso do homem que foi preso no sábado passado (10), após arrancar um pedaço do lábio da companheira, delegada afirma que no mês anterior ele bateu na esposa, de 38 anos, com o cabo de uma vassoura. Titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, Ana Paula Machado diz que a situação atual e o fato de outubro se unem a uma lista de outras três passagens policiais.
Cleiton Vieira Clarindo, de 29 anos, preso depois de morder a mulher, teria se envolvido em situações que figurou como autor de ocorrências policiais, segundo a delegada. Ele teria ameaçado uma pessoa e foi denunciado por perturbação do sossego público, além de ter se envolvido com uma briga com mútuas agressões. “A ocorrência que figura ele como autor de agressões contra a mesma vítima (que foi mordida no sábado) é pela Lei Maria da Penha, por agredi-la com cabo de vassoura”, disse Ana Paula Machado.
Laudo inicial do exame de corpo de delito comprova que ainda não existem condições de afirmar a gravidade das lesões sofridas pela mordida. Para a responsável pela investigação, o homem responderá por lesão corporal, mas isto pode ser alterado. “É preciso acompanhar as lesões, porque pode haver agravamento, e se isso acontecer, muda também o crime que ele responderá”, conta.
Segundo a vítima relatou em depoimento, os dois estariam, antes do fato, em uma distribuidora de bebidas de Aparecida de Goiânia, e após ingerir bebida alcoólica, foram para casa. “Já na residência, segundo o depoimento da vítima, ambos discutiram, e ela contou que o autor pensou que a vítima o deixaria. Foi então que a mordeu e cometeu a lesão”, descreve a delegada. Como ele estava bêbado na prisão, os policiais responsáveis pela captura não conseguiram colher o depoimento, e isto deve acontecer até amanhã.
O CASO
A vítima, que mora no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, foi a pé, toda ensanguentada, pedir socorro aos policiais do 4º Distrito Policial (DP). Os investigadores alcançaram o Cleiton cerca de um quarteirão da delegacia, logo depois de cometer a agressão. Ele ainda tinha manchas do sangue da vítima espalhado pelo rosto, e confessou a autoria da agressão.
Os policiais responsáveis pela prisão, Reginaldo Salviano Leite, Pedro Paulo Nunes Lisboa e Thiago Freire, sob coordenação do delegado José Lindenor, alcançaram Cleiton na altura da Praça do antigo Cais Garavelo. Segundo a Polícia Civil, ele tem cinco passagens na polícia pela Lei Maria da Penha, agora responderá por mais uma lesão corporal e ameaça. Já a vítima vai precisar de cirurgia plástica reparadora.