NO HOSPITAL

Mulher que teve pescoço cortado pelo companheiro continua internada

Não houve perícia no local, porque funcionários do prédio já haviam entrado no apartamento para limpar as áreas afetadas

A servidora pública que foi esfaqueada no pescoço pelo companheiro continua internada em estado grave no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), em Goiânia, conforme informações da titular da Delegacia Estadual de Combate à Violência Contra a Mulher em Goiás (Deam), Ana Elisa. O crime aconteceu na noite de segunda-feira (30), no prédio em que vítima mora, no setor Central, e teria sido motivada por ciúmes do suspeito.

Após o crime, o suspeito, que trabalha como segurança, fugiu do local. No entanto, ele foi localizado e preso em Nerópolis, onde se escondia na casa de familiares. Durante o depoimento, o homem permaneceu em silêncio.

Nesta quarta-feira (2), ele passou por audiência de custódia e ficou determinado que ele continue preso.

A defesa do suspeito, coordenada pelo advogado Paulo Henrique do Padro, alegou que ele é inocente, destacou que o homem não resistiu à prisão e colaborou com as autoridades desde o início da investigação.

Segundo o relato dos policiais militares que atenderam a ocorrência, a servidora sofreu uma perfuração na veia jugular e perdeu uma quantidade significativa de sangue.

O Mais Goiás solicitou um boletim médico atualizado, mas o hospital informou que está autorizado a passar atualizações sobre o estado de saúde da mulher apenas para familiares.

Sem histórico de violência

Imagens de câmeras de segurança mostram quando a mulher sai do apartamento já ferida enquanto o homem tenta impedir que ela desça as escadas. Apesar dos esforços dele, ela conseguiu escapar. Uma vizinha ouviu os gritos da vítima e acionou a polícia e o Corpo de Bombeiros, que prestou os primeiros atendimentos antes de levar a servidora ao hospital.

O casal estava junto há cerca de dois meses e não havia histórico de violência entre eles. O tenente-coronel Paulo Henrique Ribeiro explicou que não havia medida protetiva e que relatos de vizinhos indicam que o casal não costumava brigar. A faca usada como arma do crime foi apreendida pela polícia.

A polícia esclareceu ainda que não houve perícia no local porque funcionários do prédio já haviam entrado no apartamento para limpar as áreas afetadas.