Mulheres são presas vendendo remédios para emagrecer proibidos pela Anvisa, em Piracanjuba
Uma delas trabalhava na Secretaria de Saúde Municipal e a outra seria dona de uma farmácia; comercialização do remédio estava proibida desde 2015
A polícia de Piracanjuba prendeu, no último final de semana, duas mulheres suspeitas de venderem Natu Diet, medicamento para emagrecer com comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A dupla, presa naquele município, foi detida em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos na Operação Dieta de Risco, deflagrada pela Polícia Civil na sexta-feira (5). O medicamento que era vendido pelas suspeitas teve sua comercialização proibida no ano de 2015, através da Resolução 3.549, publicada no Diário Oficial da União.
Segundo informações da corporação, as suspeitas usavam seus perfis nas redes sociais para vender os remédios, enquanto as entregas eram fitas pessoalmente ou por meio de terceiros. A conduta das mulheres é considerada grave pela polícia, devido ao fato de ambas trabalharem em locais relacionados à saúde: uma é servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Piracanjuba e a outra é proprietária de uma farmácia no município. Caso sejam condenadas, as mulheres podem cumprir de 10 a 15 anos de prisão.
Na ocasião, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos locais de trabalho e na residência das mulheres, que não tiveram seus nomes divulgados pela polícia. Com as suspeitas, os agentes apreenderam uma grande quantidade de frascos ainda lacrados do produto e aproximadamente 1.600 cápsulas do medicamento. Detidas, elas foram autuadas pelo crime de venda de produtos falsicados, previsto no Artigo 273 do Código Penal Brasileiro. Elas então foram conduzidas para a Unidade Prisional de Piracanjuba, onde permanecem à disposição da Justiça.
Segundo os registros, a equipe policial chegou à dupla por meio de denúncias anônimas. A partir disso, diligências revelaram a existência de uma rede de distribuição, o que levou à identificação de mais suspeitos. O caso é investigado pelo delegado Leylton Barros, da Delegacia de Polícia Civil de Piracanjuba.
O Mais Goiás tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Piracanjuba, mas não obteve resposta.
*Thaynara Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo