Músicos organizam vaquinha para alimentar colegas em Goiânia

Músicos de Goiânia estão organizando uma vaquinha virtual para ajudar as famílias dos profissionais que não podem trabalhar em virtude da pandemia de Covid-19. Eles estão impedidos de trabalhar desde a implantação da Lei Seca, que proibiu bares e restaurantes de fazer qualquer tipo de sonorização nos ambientes.

Um dos organizadores da vaquinha, Sirlon Ramos, disse ao Mais Goiás que a situação, que já estava difícil a uma ano, agora está insustentável. “Sou músico em Goiás há 33 anos. Nasci e me criei nos bares de Goiânia. Nunca houve um tempo como estamos vivendo hoje. Estamos tendo que nos desfazer de bens que temos há 30 anos para poder comer”, disse o músico.

Sirlon participou da manifestação organizada pelo setor em Goiânia na última quinta-feira (25) e disse à reportagem que a prefeitura se comprometeu a analisar a situação e dar uma resposta na segunda-feira (1º). Apesar disso, ainda não houve retorno.

“Fomos até a prefeitura para buscar uma solução. Não tiro a razão do poder público. Nós reconhecemos a periculosidade desse vírus. Perdemos miutos amigos músicos nessa pandemia. Mas acreditamos que é possível trabalhar em segurança, sem parar. O prefeito afirmou que se reuniria com o COE e levaria as nossas demandas, mas até agora não tivemos retorno”.

Sirlon, que acompanha o cantor sertanejo Amado Batista, disse ainda que, diante dessa situação, o jeito foi organizar essa vaquinha para ajudar as famílias dos músicos,

“Tem músicos que mostram para mim a geladeira vazia porque não tem como almoçar. Estou a ponto de vender minha casa e meu carro. E não temos nem perspectiva de volta. Estamos a mercê desses decretos, e cada semana é uma surpresa. A situação é muito preocupante. Essa vaquinha é para ajudar com cestas básicas para as famílias que estão precisando”, concluiu.

O músico compartilhou um vídeo nas redes sociais para falar sobre a vaquinha. Clique aqui para saber mais sobre a vaquinha.