FIM DA GRATUIDADE

Mutirama deve reabrir em julho com retorno da cobrança de ingressos

Bilheteria permanecerá gratuita para famílias cadastradas. Entenda

Parque Mutirama (Foto: Jucimar de Sousa)
Parque Mutirama (Foto: Jucimar de Sousa)

O Parque Mutirama, em Goiânia, tem previsão de reabertura para julho deste ano, assim que as reformas forem concluídas, conforme informou Flávio Rassi, consultor da Secretaria Municipal de Gestão e Negócios e Parcerias (Segenp). Além da reforma, a nova gestão municipal decidiu revogar uma medida adotada em 2019 pelo então prefeito Iris Rezende, que determinou a gratuidade do parque após sua reabertura, dois anos depois do acidente com o brinquedo que deixou 13 feridos.

Com a mudança, a entrada voltará a ser cobrada, permanecendo gratuita apenas para as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Inicialmente, os valores previstos para os ingressos são de R$ 10 a inteira e R$ 5 a meia-entrada. “Essa é a determinação do prefeito. As famílias de baixa renda ficam livres, mas quem pode pagar, tem de pagar”, explicou Rassi.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a Segenp reforçou que estuda a reativação da cobrança dos ingressos está em análise com objetivo de auxiliar no custeio e na manutenção do parque. Valores também não foram definidos.

Reforma em andamento no Mutirama

De acordo com a Prefeitura de Goiânia, a reforma do parque está sendo realizada em etapas, conforme a necessidade de cada brinquedo.

“Queremos devolver o parque antes das férias de julho, não sei se vamos conseguir, mas essa é a intenção”, afirmou Rassi. Sobre a manutenção, ele destacou que a empresa terceirizada responsável não obteve certificação e, por isso, não teve seu contrato renovado.

Busca por investimentos

O consultor afirmou que não há planos de privatização ou Parceria Público-Privada (PPP) para o parque, mas que está em estudo um modelo de cessão de direitos de uso da imagem dos brinquedos para empresas privadas interessadas em investir e cuidar da manutenção.

Flávio comparou a proposta ao modelo de “naming rights” utilizado em estádios de futebol. No entanto, confirmou que ainda não há empresas interessadas no momento.

“Ninguém tem interesse em colocar dinheiro assim, mas as empresas podem ser convencidas disso. Para isso, a gente tem de mostrar que funciona, que tem transparência, que não tem falcatrua nas bilheteiras, que os brinquedos são seguros, que é um espaço bonito para as marcas serem exposta.”

Em novembro, o parque foi reconhecido como patrimônio cultural de Goiânia. Relembre!