MORTE

Namorado é denunciado por homicídio de mulher que matou as filhas

Inicialmente a morte de Izadora foi tratada como suicídio

Namorado é denunciado por homicídio de mulher que matou as filhas (Foto: Reprodução)

O caso da morte de Izadora Alves de Faria, ocorrido em 2023, ganhou novos desdobramentos após a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Inicialmente tratado como suicídio, a morte de Izadora agora é considerada homicídio, com seu namorado, João de Lima Pereira, de 30 anos, sendo apontado como o responsável pelo crime.

Izadora, que confessou ter matado suas duas filhas, Maria Alice e Lavínia, em setembro de 2022, foi encontrada morta em 3 de novembro de 2023. Segundo a denúncia, João estrangulou Izadora com uma corda e a jogou no Rio Meia-Ponte, em Goiânia

O corpo dela foi localizado quatro dias depois, com sinais de estrangulamento. A polícia descartou a hipótese de suicídio após analisar a cena e a posição do corpo, que estava distante de qualquer estrutura que pudesse sustentar a corda para um enforcamento voluntário.

De acordo com o MP-GO, João e Izadora estavam em um relacionamento há cerca de um mês e meio. No dia da morte, Izadora transferiu R$ 1 mil para a conta de João, que alegou que a transferência foi feita por vontade própria da vítima. 

João deu depoimentos contraditórios durante a investigação. Inicialmente, ele afirmou que empurrou Izadora acidentalmente durante uma discussão na ponte, enquanto estava bêbado. Posteriormente, apresentou um laudo de “retardo mental leve” e negou ter qualquer envolvimento amoroso com Izadora ou estar presente no local no momento da morte.

A denúncia do MP-GO detalha que, na tarde do crime, Izadora comprou uma corda e à noite foi vista com João perto do local do crime. Às 21h20, Izadora fez a transferência de R$ 1 mil para João, e após uma discussão, ele a estrangulou e jogou da ponte. O corpo de Izadora foi encontrado por um funcionário de um clube em avançado estado de decomposição.

João de Lima Pereira tornou-se réu após o Tribunal de Justiça de Goiás aceitar a denúncia em 11 de julho deste ano. A Justiça determinou sua prisão, mas ele permanece foragido. Um defensor público foi nomeado para sua defesa, enquanto as investigações continuam para elucidar todos os detalhes do crime.

Crime 

Izadora fugiu após matar suas filhas, que foram encontradas mortas pelo pai em um colchão na garagem de casa. Ela foi localizada em um matagal próximo, apresentando sinais de tentativa de suicídio. Em seu depoimento, Izadora revelou ter envenenado, afogado e esfaqueado as filhas, acreditando que estava fazendo algo bom para elas, livrando-as de uma vida difícil.

O relacionamento conturbado com o pai das meninas e a necessidade de tratamento psiquiátrico de Izadora foram destacados pelo delegado responsável pelo caso, que relatou que Izadora não demonstrou arrependimento durante seu depoimento.

A promotoria mencionou que, dois meses antes de sua morte, Izadora foi absolvida do crime das filhas devido a um exame de insanidade mental que concluiu que ela não tinha capacidade de entender a gravidade de seus atos.