“Não é fácil para uma criança”, diz mãe do menino vítima de bullying por ela ser cadeirante
Mãe conta que escola convocou uma reunião com a família, onde afirmaram não ter ouvido os comentários ofensivos
Débora Rosa, influenciadora digital e mãe do menino que desabafou sobre o bullying que enfrenta na escola devido à deficiência dela, destacou a importância de discutir o tema nas escolas e em casa. Segundo ela, o apoio às crianças deve ser intensificado já que “não é fácil para uma criança ouvir esses desaforos”. O caso aconteceu em Itaguaçu, distrito de São Simão, no sudoeste de Goiás.
A mãe, que é cadeirante, compartilhou a dor que filho de 9 anos sente ao ser alvo de comentários maldosos de colegas. “Já aconteceu dele ouvir coisas como ‘a minha mãe anda e a sua não’. Isso dói muito nele e eu, como mãe, fico sem saber como ajudar”, desabafou.
No vídeo, o menino relata que um colega queria brigar, mas foi ignorado. Então, a criança faz provocações e menciona Débora. Na legenda da publicação, que já conta com mais de 139 mil visualizações, a mãe enfatiza: “Precisamos focar em ensinar a criança a respeitar a diferença do próximo”.
Dias após o primeiro vídeo, Débora publicou uma gravação antiga onde o filho relata uma situação semelhante de bullying ocorrida em abril. Desde então, a escola realizou palestras sobre educação inclusiva e combate ao bullying.
Escola diz que não viu ato de bullying
Segundo ela, a escola convocou uma reunião com a família, onde afirmaram não ter ouvido os comentários ofensivos. A Secretaria Municipal de Saúde e Cultura se manifestou por meio de uma nota, na qual diz que repudia qualquer ato de bullying e afirma que uma sindicância foi aberta para apurar os fatos. A secretaria garantiu que, caso seja confirmada negligência por parte dos funcionários da escola, eles serão responsabilizados.
Acidente
Débora compartilha sua rotina como cadeirante nas redes sociais, mostrando como realiza tarefas cotidianas enquanto cuida dos dois filhos. Ela ficou paraplégica após um acidente de carro em 2020. Em suas postagens, ela recorda o trágico evento: “Estava indo para Uberlândia com uma colega quando um carro bateu no nosso. Eu fraturei a medula e rompi o intestino; os médicos não me deram chance de vida. Mas Deus me deu uma nova chance e hoje sou um milagre”, contou.