No terceiro dia de manifestação, caminhoneiros seguem bloqueando rodovias em Goiás
De acordo com a PRF, são 23 pontos de interdições das rodovias federais de Goiás. Categoria cobra também a aprovação de uma lei que estabelece um piso mínimo para o pagamento do frete
Pelo terceiro dia seguido, caminhoneiros seguem bloqueando rodovias goianas em protesto contra o aumento do preço do diesel. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Goiás e Brasília, são 23 interdições nas rodovias federais do estado, incluindo as do Entorno do Distrito Federal, que é competência da PRF-DF. Já a Polícia Militar (PM) diz que não foi registrada nenhuma interdição nas rodovias estaduais.
Os caminhoneiros pedem redução no preço do óleo diesel, além da criação da lei que estabelece um piso mínimo para o valor do frete. Caso as revindicações não sejam atendidas, a categoria garante que continuará com as manifestações, que atingem mais de 20 estados.
As manifestações pelo país continuam mesmo depois da Petrobras anunciar a redução de 2,08% no preço da gasolina e de 1,54% no Diesel na terça-feira (22). O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou que a decisão da redução foi tomada em função da queda do dólar e não foi por pressão política. Segundo ele, o Banco Central interveio com mais intensidade no mercado na segunda-feira (21) e, por conta disso, houve uma redução no câmbio, o que refletiu no preço divulgado na terça-feira (22).
De acordo com Higor Melo, representante do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de Goiás (Sinditac), a manifestação continua porque a categoria não luta apenas contra a alta do preço do diesel. Segundo Higor, outras pautas estão sendo discutidas como a implantação de uma tabela mínima de frete, que seria por quilômetro rodado e pela quantidade de eixos. A categoria também luta contra a cobrança do eixo suspenso nas praças de pedágio.
“O anúncio da queda no preço do óleo diesel não vai fazer a manifestação parar porque além de ser uma queda irrisória, que não atende as necessidades da categoria, nós lutamos por outras melhorias também. A manifestação continua até as exigências sejam atendidas”, conta Melo.
De acordo com o representante do Sinditac, uma reunião está marcada para às 14h desta quarta-feira (23),em Brasília, com os representantes das federações dos caminhoneiros para discutir as pautas exigidas pela categoria.
Interdições
BR-050– Quatro pontos em Catalão e um ponto em Cristalina.
BR-060– Um ponto em Alexânia, um em Rio Verde e um em Acreúna.
BR-364– Um ponto em Aparecida do Rio Doce, Dois em São Simão, uma em Mineiros e duas em Jataí.
BR-452– Um ponto em Rio Verde.
BR-153– Dois Pontos em Itumbiara
BR-020– Dois pontos em Formosa
BR-040– Um ponto em Cristalina e um em Luziânia
BR-080– Um ponto em Barro Alto
BR-158– Um ponto em Caiapônia
Serviço Afetado
Em nota os Correios informam que a logística brasileira está sendo prejudicada pela paralisação nacional dos caminhoneiros que foi iniciada na segunda-feira (21). A paralisação tem gerado forte impacto às operações da empresa em todo o país. Diante do cenário, os Correios informam que estão temporariamente suspensas as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Tendo em vista comprometer a distribuição. Os correios reforçam também que haverá o acréscimo de dias no prazo de entrega dos serviços Sedex e PAC, bem como das correspondências enquanto perdurarem os efeitos desta greve.
O Sindiposto também divulgou uma nota informando que houve somente falta pontuais momentâneas em alguns postos de combustíveis, mas que não foi causado nenhum transtorno para o consumidor.