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Nova reunião define se Grande Goiânia terá greve do transporte coletivo

Reunião entre sindicatos de trabalhadores e patronal nesta sexta-feira (12 ) vai discutir a proposta de reajuste salarial da categoria diante as empresas

Nova reunião pode decidir possível greve no transporte coletivo na Grande Goiânia

Uma nova reunião, marcada para as 9 horas desta quinta-feira (12), no Tribunal Regional de Trabalho (TRT), pode definir o futuro do transporte coletivo na Grande Goiânia. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo), caso não haja parecer positivo nas negociações, pode haver paralisação dos ônibus.

De acordo com o sindicato de trabalhadores, na reunião realizada no último domingo (8) empresas firmaram compromisso de não retirarem a cesta natalina e manterem o pagamento do 13º salário. Além disso, receberam a proposta de um aumento de 3,75% sobre o salário e 5% sobre o auxílio alimentação. Porém, as empresas não querem realizar o pagamento retroativo do reajuste.

A greve era para ter tido início na última segunda-feira (9). Porém, mesmo sem acordo, foi suspensa após a reunião de domingo. Na ocasião, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Público e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET), Adriano Oliveira, lamentou que não tenha se chegado a um acordo definitivo na audiência. “Entendendo a necessidade dos trabalhadores e dentro do que a crise econômica agravada pela pandemia permitiu, fizemos nossa proposta” disse.

Manter empregos no transporte coletivo

No último dia 4, em entrevista ao Mais Goiás, o vice-presidente do Set, Alessandro Moura, alegou que o atual momento é de manutenção de empregos e benefícios e, não, de reajuste. “Não tenho condições, agora, de oferecer ganho real. Tenho condições de manter benefícios […]. A nossa proposta é superar a pandemia”, declarou Alessandro.

Além disso, ele alegou que, devido à pandemia, as empresas de transporte chegaram a carregar somente 18% dos passageiros que normalmente levam, o que causou uma “crise profunda e sem solução de curto prazo”.

“Isso impede que a gente assuma qualquer compromisso irresponsável”, disse o representante do SET em referência à reivindicação de reajuste salarial dos motoristas.