PNEUMOCOCO

Nova vacina contra pneumonia e meningite está disponível na rede privada de Goiás

Vacina 15-valente oferece maior proteção contra pneumococo, causador de pneumonia e meningite

A rede privada de saúde de Goiás passou a oferecer uma nova vacina com potencial para combater a bactéria pneumococo, responsável por enfermidades como pneumonia, sinusite e meningite. Chamada de 15-valente, essa vacina apresenta uma resposta imunológica aprimorada, especialmente contra um dos sorotipos mais agressivos dessa bactéria, segundo informações da diretora médica da MSD Brasil, fabricante da Vaxneuvance 15-valente, e especialista em doenças infecciosas e parasitárias, Marina Della Negra.

O diferencial da 15-valente é a proteção adicional contra dois novos sorotipos do pneumococo, ampliando a segurança contra um total de 90 sorotipos identificados pelos cientistas até o momento. A transmissão de bactérias ocorre por meio do contato com gotículas de saliva ou muco de indivíduos infectados.

O pneumococo pode ocasionar doenças invasivas e não invasivas no organismo humano, tais como pneumonias bacterêmicas, meningite, sinusite, otite média aguda, entre outras. A vacinação é considerada a estratégia mais eficaz para prevenir essas condições, impedindo o desenvolvimento de doenças após o contato com a bactéria.

No Brasil, a vacina polissacarídica disponível é a Pneumocócica 23-valente. Já entre as conjugadas existem três opções, contando com a que foi lançada neste mês, segundo dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm):

  • Vacina 10-valente (VPC10): previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.
  • Vacina 13-valente (VPC13): previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.
  • Vacina 15-valente (VPC15): acrescenta mais dois sorotipos aos 13 já existentes na VPC13. De acordo com dados de vigilância de sorotipos pneumocócicos circulantes, a inclusão aumenta a prevenção em cerca de 1%, comparando com a vacina VPC13.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda a nova vacina para crianças entre 2 e 15 meses de vida, com um esquema de quatro doses e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. Além disso, ela pode ser administrada concomitantemente com outras vacinas pediátricas e ser utilizada em caso de intercâmbio com a VPC13.

Para diferentes faixas etárias, conforme recomendações. Crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas seguem um esquema sequencial com as vacinas conjugadas, enquanto para pessoas com mais de 50 anos, especialmente maiores de 60, é recomendado um esquema sequencial com as vacinas VPC13 ou VPC15 e VPP23. 

A nova vacina já está disponível em laboratórios de Goiânia, com preços variando de R$ 378 a R$ 800. A procura por essa vacina tem sido significativa na rede privada, afirma o infectologista e sócio de um laboratório, Boaventura Braz de Queiroz.